Experiência de Marca

<!--:pt-->Realidades que gritam!<!--:-->

Flavia Goldemberg alerta: a água está sendo monopolizada. E questiona: seria possível comercializar o ar que respiramos? E o calor do sol? Parece-nos impossível porque não estamos na pele de populações privadas da água e submetidas a este sistema.

Assista Flow! For the love of Water. Este documentário imperdível está disponível na internet.

Práticas desumanas como a cobrança de água com cartões na beira de bicas, na zona rural da África do Sul, até denúncias de uso indevido de água de lençóis freáticos por grandes organizações na Índia e Estados Unidos são pontos de alerta deste filme.

Estes relatos vêm timidamente bater em nossa porta. São como um chamado para realidades que gritam por nosso socorro.

É inaceitável que o poder de vender vida ou decretar a morte pela sede esteja nas mãos de poucos que manipulam bens que devem ser direito público.

A água está sendo monopolizada. Seria possível comercializar o ar que respiramos? E o calor do sol? Parece-nos impossível porque não estamos na pele de populações privadas da água e submetidas a este sistema.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos leva em conta questões fundamentais como segurança, liberdade, saúde, educação entre outras.

Somos todos convidados a apoiar a inclusão do 31º artigo a esta declaração, por meio do qual se assegura o direito ao acesso à água limpa a todos os indivíduos, independente de sua condição econômica.

Para assinar a petição é só acessar www.flowthefilm.com, lá se pode adquirir também o filme.

Empresas extremamente dependentes da água começam a se mobilizar para campanhas de preservação deste recurso.

Em alguns casos este movimento nada mais é do que um efeito tampão para compensar políticas inescrupulosas de uso da água.

A posse da terra dá o direito a seu proprietário de usufruir da água que ali está, mas isto não deveria lhe dar o direito de tomar posse dela, engarrafá-la e vendê-la.

Ao tomar um refrigerante de uma marca ícone, nos deparamos com a seguinte mensagem : “Esta empresa” economiza X milhões de litros de água por ano.” E eu me pergunto: O que isto significa? Economiza X de um gasto total de quanto?  Esta economia é no Brasil ou no mundo?

Como consumidora, gostaria de saber o que esta empresa faz para garantir a continuidade de seu negócio, garantindo a existência de água no futuro. Parece-me mais esclarecedor comparar o gasto de água em 2009 em relação a 2008 por exemplo.

Não há, hoje, empresa 100% sustentável. Muitas estão em processo e isso é positivo. Diante deste fato devemos louvar todos os esforços neste sentido.

Não é o caso de atirar pedras num mundo onde todos, sem exceção, têm telhado de vidro. Todas as empresas terão que fazer grandes esforços para desenvolver planejamentos em todas as suas áreas para promover o desenvolvimento sustentável, que é um compromisso de longo prazo a ser encarado por todos, com perseverança.

A intenção de economia é sempre um começo, mas infelizmente não há tempo para nos conformarmos com o que está sendo feito. Precisamos mais. As empresas devem acelerar e muito sua velocidade de reação em busca de procedimentos e atitude sustentável.

Maturidade, bom senso e cuidado podem evitar mensagens oportunistas ou deslocadas do contexto. Veja uma afirmação mais pé no chão impressa na embalagem de produtos orgânicos:

“Sabemos que não somos perfeitos mas nos esforçamos para fazer a nossa parte. Estamos buscando fornecedores locais e embalagens cada vez mais sustentáveis”.

Percebe-se por meio desta mensagem que a empresa tem consciência da dificuldade que ser sustentável representa. E de que são os primeiros passos de um longo caminho que ela deseja trilhar.

Flavia Goldenberg - VP de Comunicação da Ampro e sócia diretora da Sob Medida Comunicação.
Flavia Goldenberg - VP de Comunicação da Ampro e sócia diretora da Sob Medida Comunicação.