Experiência de Marca

Quatro tendências da CES que atingiram o marketing

Marcas que não conseguem acompanhar os hábitos tecnológicos dos consumidores e não conseguem lidar com dados serão deixadas para trás.

Cada vez mais, os eletrônicos são o fio condutor que engaja as pessoas ao mundo à sua volta. E os últimos avanços foram apresentados nessa semana na CES – de dispositivos wearable e objetos conectados e controlados por apps a carros inteligentes.

Mas o que a inovação na tecnologia pessoal significa para os anunciantes? Significa que eles precisam evoluir com o público. Como David Barkowitz da MRY disse no começo da semana, a CES é mais sobre como as pessoas preferem passar o tempo do que sobre novos gadgets.

ces2015

Para os profissionais, isso quer dizer que canais e abordagens disponíveis para alcançar audiências conectadas crescendo e se transformando. Marcas que não conseguem acompanhar os hábitos tecnológicos dos consumidores e não conseguem lidar com dados serão deixadas para trás.

Nesse contexto, quatro grandes tendências mostradas no CES vão impactar o marketing:

1. A tecnologia se tornará cada vez mais pessoal. Wearables como pulseiras, smartwatches, óculos e mesmo roupas inteligentes estão ganhando cada vez mais popularidade e sofisticação. As pessoas poderão monitorar tudo, da localização de suas chaves aos batimentos cardíacos durante uma corrida.

Os mesmos dados que moldam as decisões dos consumidores podem ajudar as marcas a refinar suas estratégias de marketing com base no comportamento dos consumidores.

Vimos o efeito disso na TV, com smartphones e tablets permitindo que espectadores socializem sobre seus programas, e que marcas participem dessa conversa em tempo real. Tornar essas experiências mais pessoais é algo que expande a capacidade dos anunciantes de entregar as mensagens mais relevantes no tempo e momento certos.

2. Tudo está conectado. Carros inteligentes. Termostatos inteligente. Utensílios inteligentes. Esse ano a CES mostrou que tudo em uma casa pode ser conectado. E embora o júri ainda debate se o mundo ainda precisa de uma escova de dente ou de um controle de berço controlado por Bluetooth, é evidente que a internet das coisas continua em expansão.

À medida que consumidores começam a aderir a tecnologias conectadas à rede que os ajuda na organização e na automação de vários aspectos de suas vidas domésticas e cotidianas, anunciantes devem estar alertas. A conectividade abre a porta para serviços como apps de alerta que cultivam relações mais fortes e impulsionam vendas.

3. Digitalização da TV. Claro que telas planas e TVs 4K têm grande apelo na CES. Mas nesse ano o hardware de televisão perdeu lugar para o conteúdo e para os serviços.
Todo mundo já esperava pela canibalização da TV pelo digital, mas a indústria televisiva tem estado ocupada inovando e aceitando o papel que a conectividade desempenha nos hábitos dos espectadores. Na CES, a Dish revelou o serviço Sling TV, que inclui programas de emissoras como a ESPN. O lançamento é a continuação de outros anúncios fortes de canais como CBS, HBO e ESPN.

Esse é o começo do que alguns acharam que levaria anos: a digitalização e a cobrança separada pelos serviços de TV. Está acontecendo e trazendo todo o espectro da televisão online e desbloqueando dados sobre comportamento da audiência, indo além de informações como idade e gênero. Estratégias baseadas em dados e estratégias de automação permitirão que anunciantes atinjam e engajem a audiência com muito mais precisão em ambientes como a TV.

4. Dados são tudo. O que está acontecendo agora com a TV destaca por que uma estratégia de dados cuidadosa e bem pensada deve ser prioridade dos CMOs. A informação disponível sobre comportamento do consumidor, hábitos de consumo de mídia e performance da campanha tem o potencial de modelar o marketing como nunca antes, impactando tudo desde a compra do inventário até o desenvolvimento da mensagem e execução criativa.

Com dados chegando de várias direções e dispositivos, três questões devem ser consideradas: acessibilidade, monetização e liderança. Trancar dados em e ceder o controle para third parties diminiu o valor do dado. Anunciantes precisam ser capazes de analisar todo o dado gerado por campanhas, monitoradas por sensores e capturados por dispositivos – em todos os canais – então eles poderão tomar as melhores decisões sobre as mensagens que criam, a mídia que compram e a audiência que engajam.

É sempre divertido checar a míriade de novos produtos e serviços apresentados durante a CES. Mas qualquer que seja a inovação, o recado mais importante para os CMOs é: esteja pronto para se adaptar e evoluir com os consumidores. Essa é a chave para o sucesso.

Fonte: Bob Lord/Advertising Age.