Experiência de Marca

Quando ética não significa nada

Mais uma vez trago uma (péssima) experiência de uma agência com um cliente para servir de tema a um texto. Mais uma vez, a inexperiência e a falta de senso e de profissionalismo de um júnior coloca em risco uma relação profissional.

Bem, é isso, virou norma. Mais uma vez trago uma (péssima) experiência de uma agência com um cliente para servir de tema a um texto. Mais uma vez, a inexperiência e a falta de senso e de profissionalismo de um júnior coloca em risco uma relação profissional agência/cliente/fornecedor numa típica ação amadora de quem não sabe o que está fazendo.

Uma agência importante produziu e gerenciou com enorme sucesso e repercussão um grande trabalho, daqueles que dão um tremendo trabalho (redundância mesmo). Foi um job desgastante, cheio de pequenos problemas comuns de quem o faz fora das grandes cidades, contratando mão de obra local, nem sempre qualificada, trabalhando todo dia, quase sem descanso, que termina o dia trabalhando ou viajando.

Enfim, percalços normais, problemas recorrentes, os quais nós, galera do marketing promocional, promocitários, conhecemos, vivemos e… resolvemos. Mas, todos sabem que a presença do cliente pode e deve ajudar quando ele se faz parceiro da empreitada.

No entanto, quando o cliente, ao invés de procurar estar junto, tentando resolver problemas que são de todos, decide ser o crítico detrator ou o causador do problema – por atitudes tempestivas e pouco profissionais –, ou omisso, quando sua decisão, ainda que contrariando o que ele “queria” em prol de uma percepção técnica, coloca em risco o trabalho, aí o amadorismo e a juniorização ficam evidentes.

Mas isso não é nada, comparado a presunção e falta de ética de que se apropria o cliente quando, findo o trabalho, ele, pela necessidade de um vídeo ou algo extra, ao invés de ligar para a agência – afinal, um extra do trabalho é o trabalho –, liga para pedir o telefone do… FORNECEDOR!

Pior, quando explicado que a agência prefere não dar o telefone, afinal o fornecedor é dela e não do cliente, mas que ele pode pedir o serviço que a agência repassará a ele o orçamento do fornecedor, que o cliente conheceu, e adorou, no trabalho feito pela agência, ele responde que encontrará o telefone de outra forma e, pior, encontra “misteriosamente”.

Aí, ele liga direto para o fornecedor, e esse dá o orçamento como se isso fosse o normal. Então, a agência, sabendo do contato, liga pro cliente cobrando uma razão para a atitude, ele diz que o fornecedor é bem mais barato que a agência (como se ele tivesse encontrado o fornecedor na lista telefônica, né), com a cara de pau de quem finge não conhecer o negócio nem o mercado em que trabalha.

Para esse tipo de cliente, não adianta explicar que nós somos mais caros porque AGENCIAMOS e, portanto, devido a uma legislação esdrúxula, bitributa. Não adianta explicar, porque esse tipo de cliente (melhor, de pessoa) não vai entender que nos remuneramos por percentual de gerenciamento que incide sobre o total dos valores, nos fazendo, óbvio, ser mais caros que o fornecedor.

Ela nos chama de “ladrões”, de forma indireta, porque não tem noção de legalidade nem de ética. Então, quem não está sendo honesto na relação?

Pior, ela “está” na… (entraria aqui o nome de uma das mais importantes empresa do País, reconhecida por sua postura ética em todas as marcas e que por certo não concorda ou endossa sua atitude), porque é passageira, enquanto nós “somos” e estaremos ainda em nossas empresas daqui há alguns meses (ou anos), quando, por certo, um dia, faremos novo trabalho nesse mesmo cliente e, é muito possível, que ela não mais esteja no Departamento.

Quem sabe estará no mercado, procurando uma nova colocação, passando currículo e talvez apareça numa Agência, na nossa, na sua e nós deveríamos, se isso acontecer, dizer: aqui não. Aqui não dá para você trabalhar, porque nossa empresa trabalha considerando valores de mercado como a ÉTICA e nós sabemos que essa palavra, pra você, tem outro significado.