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Projeto fomenta cultura do marabaixo e batuque

O marabaixo é uma das heranças culturais deixadas pelos escravos que chegavam ao Amapá nos navios negreiros da África. A manifestação reúne dança, música e cortejo que resultam em uma riqueza sonora e visual.

marabaixo é uma das heranças culturais deixadas pelos escravos que chegavam ao Amapá nos navios negreiros da África. A manifestação reúne dança, música e cortejo que resultam em uma riqueza sonora e visual que pulsa nas veias das comunidades quilombolas do Estado, assim como o batuque.

A força da tradição deu origem ao projeto ‘Banzeiro do Brilho-de-Fogo’ que vai dar a oportunidade de pessoas de todas as idades a criar os instrumentos de batuque e marabaixo, como tocá-los e confeccionar adereços relativos à expressão histórica.

O projeto ‘Banzeiro do Brilho-de-Fogo’ será dividido em etapas. A primeira delas corresponde às oficinas que acontecem nos meses de maio e de junho deste ano, aos sábados e domingos, no Centro Cultural Raízes do Bolão no Curiaú (a oito quilômetros da Capital).

Foto: Gabriel Penha/Agência de Notícias do Amapá.
O marabaixo é uma das heranças culturais deixadas pelos escravos que chegavam ao Amapá nos navios negreiros da África.
O marabaixo é uma das heranças culturais deixadas pelos escravos que chegavam ao Amapá nos navios negreiros da África.

 

As aulas serão gratuitas e ministradas por músicos e artesãos reconhecidos na cultura popular do segmento. “A ideia é aproximar a população amapaense da sua própria história. As oficinas são abertas para o público em geral, sem distinção. Nossa expectativa é capacitar 150 músicos, além de alcançar outros distritos da capital”, informou o diretor musical do projeto, Alan Gomes.

Na segunda etapa do projeto, as oficinas acontecerão nos meses de agosto e setembro deste ano, também aos fins de semana. A etapa seguinte corresponde aos ensaios fechados para pôr em prática o aprendizado e praticar nos ensaios abertos, onde os músicos irão percorrer as principais ruas da capital em grandes apresentações.

Os ensaios abertos serão, ainda, intercalados com shows musicais de artistas regionais. O percurso e as datas serão definidos pela coordenação do projeto.

Sobre as Oficinas

As oficinas estão abertas para quem quiser aprender a tocar e fabricar instrumentos musicais do marabaixo e batuque e fazer artesanato dos acessórios relacionados à manifestação cultural. Elas são gratuitas e acontecem aos fins de semana pela manhã. As inscrições serão realizadas no Centro Cultural Raízes do Bolão no Curiaú. Serão ofertadas 150 vagas, ao todo.

Instrumentos Ecologicamente Corretos

No marabaixo e batuque as músicas são reproduzidas a partir de tambores e outros instrumentos feitos com madeira. Para as oficinas, os instrumentos como ‘caixas de marabaixo’ e tambores, serão confeccionados a partir de caixotes usados para transportar alimentos encontrados normalmente em feiras e supermercados.

Foto: Paula Monteiro/Portal da Amazônia.
Projeto ensinará pessoas de todas as idades a criar os instrumentos de batuque e marabaixo, como tocá-los e confeccionar adereços relativos à expressão histórica.
Projeto ensinará pessoas de todas as idades a criar os instrumentos de batuque e marabaixo, como tocá-los e confeccionar adereços relativos à expressão histórica.

O alumínio, necessário em alguns equipamentos, será reutilizado a partir de latões de tinta, por exemplo. Quem quiser fazer doações desses materiais, basta ir até o Centro Cultural Raízes do Bolão, no Curiaú.

Projeto ‘Banzeiro do Brilho de Fogo’?

Inspirado no ‘Arraial da Pavulagem’, no Pará, que leva para as ruas músicas e características regionais, como o boi e o carimbo estilizado, o ‘Banzeiro do Brilho de Fogo’ visa valorizar e divulgar a cultura do marabaixo e do batuque. O Beija-flor-brilho-de-fogo (Topaza pella), pássaro de beleza exuberante encontrado nas florestas, foi escolhido como símbolo do projeto.

Neste primeiro ano do projeto, a Prefeitura de Macapá apoia a atividade, mas a intenção é torná-lo independente nas próximas edições.

Fonte: Portal Amazônia.com.