Vick Vaporub, principal medicamento da marca Vick, há 100 anos dedicada ao alívio dos sintomas da gripe e do resfriado, encomendou uma pesquisa ao instituto de pesquisa MindMiners, empresa especializada em big data, para entender melhor como a sociedade brasileira se relaciona com os diferentes tipos de casais.
No último dia 5, a marca lançou no Facebook sua campanha de Dia dos Namorados com o webfilm "The Detail", onde traz a mensagem da importância do toque na vida das pessoas e como alguns casais acabam sendo privados disso, por não se sentirem seguros ou à vontade para demonstrar carinho em público.
"Acreditamos que o toque humaniza as relações, cria laços, traz alívio naqueles momentos em que nós não estamos muito bem, como quando estamos resfriados. E é a mais singela demonstração de afeto e carinho. E todos deveriam poder expressar seu amor, independente de sexo, raça, idade ou biótipo", diz José Restrepo, gerente de Vick para o Brasil.
O estudo trouxe depoimentos e informações que ilustram como ainda há um caminho a ser percorrido pela sociedade brasileira para que seja possível ampliar o entendimento e a aceitação das diferenças.
Variando entre perguntas abertas e de múltipla escolha, foram mostradas imagens de casais homossexuais, inter-raciais, com grandes diferenças de idade e de biotipos com rostos próximos ou lábios encostados. As pessoas foram questionadas sobre o que sentiam ao ver essa demonstração de amor.
Os destaques da pesquisa você confere a seguir:
Quando expostos a uma imagem de um casal homossexual masculino, e podendo assinalar até três alternativas, sentimentos como respeito (49%), amor (32%) e felicidade (27%) foram os mais assinalados. Entretanto, 21% disseram ter tido um sentimento de estranheza, 8% disseram sentir vergonha e 7% sentiram nojo.
Quando expostos a uma imagem de um casal homossexual feminino, sentimentos como respeito (49%), amor (34%) e felicidade (27%) também foram os mais assinalados. Entretanto, o sentimento de estranheza caiu para 19%, de vergonha para 7% e de nojo para 5%.
Na imagem em que o homem é muito mais velho que a mulher, respeito (39%) e amor (33%) foram os principais sentimentos despertados. O principal sentimento negativo assinalado foi de "interesse financeiro", com 27%, seguido de "estranheza" com 19%.
Quando a mulher é muito mais velha que o homem, o sentimento mais assinalado foi o de respeito, com 38%, seguido de indiferença, com 29%. Os principais sentimentos negativos foram o de "estranheza", com 25%, seguido de interesse financeiro, com 24%.
Quando expostos a uma imagem de um casal inter-racial, e podendo assinalar até três alternativas, sentimentos como amor (58%), respeito (55%) e felicidade (53%) foram os mais assinalados. Os sentimentos negativos foram quase nulos. Preocupação e estranheza receberam 1% das respostas.
Na imagem do casal com biótipos diferentes, sendo o homem magro e a mulher gorda, respeito (54%), amor (52%) e felicidade (44%) foram os sentimentos mais presentes. O principal sentimento negativo assinalado foi o de estranheza (5%), seguido de interesse financeiro (2%), pena, preocupação e vergonha com 1%.
Quando expostos a uma imagem de um casal com diferença de altura, sendo a mulher mais alta que o homem, sentimentos como respeito (43%), amor (39%) e indiferença (33%) foram os mais assinalados. Os principais sentimentos negativos foram o de estranheza (17%), seguido de interesse financeiro (3%) e compaixão (2%).
Os casais homossexuais foram os únicos que despertaram expressivo sentimento de nojo em alguns entrevistados.
59% das pessoas consideram natural a existência de todos os casais mostrados, enquanto 27% considera apenas parte deles naturais, mas dizem respeitar todos.
7% consideraram estranho a existência de alguns casais e 6% disseram achar errado a existência de parte deles.
Dentre os heterossexuais, 50% disseram considerar natural a existência de todos os casais mostrados, enquanto que entre os homossexuais esse número sobe para 84%.
41% dos entrevistados disseram achar um problema ter que explicar para uma criança o amor entre duas pessoas do mesmo sexo. Esse número cai para 20% quando o foco da pergunta é o amor entre casais de idades muito diferentes, e chega a 6% para casais inter-raciais.
Dentre os entrevistados homossexuais, 83% disse já ter sofrido algum tipo de discriminação na vida.
61% dos entrevistados já presenciaram discriminação (insulto, violência moral ou física) por causa de preferência e orientação sexual. Quando questionados sobre a frequência desses atos, 41% disseram presenciar preconceito mais de uma vez por semana.
66% consideram importante ou muito importante o apoio de marcas aos diferentes padrões de relacionamento e 24% disseram ser influenciados em sua decisão de compra por causa dessa representatividade.