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Pesquisa mostra que e-mails não chegam ao seu destino

Apenas 64% dos <em>e-mails </em>que trafegam no Brasil são entregues nas caixas de entrada. Mais ainda, 25% das mensagens enviadas no País são direcionadas para as pastas de <em>spam</em> ou lixo eletrônico e 11% simplesmente são perdidas.

Apenas 64% dos e-mails que trafegam no Brasil são entregues nas caixas de entrada. Mais ainda, 25% das mensagens enviadas no País são direcionadas para as pastas de spam ou lixo eletrônico e 11% simplesmente são perdidas.

É o que aponta o “Estudo Comparativo Global de Entregabilidade de E-mail, Primeiro Semestre de 2011”, realizado pela Return Path, empresa líder mundial em certificação de e-mail e monitoramento de reputação de remetentes.

A pesquisa indica que a entregabilidade de e-mail ainda causa prejuízos aos remetentes de e-mails comerciais em todo mundo, com apenas 81% de todos permitidos chegando na caixa de entrada.

A entregabilidade varia para cada região, mas a pesquisa da Return Path aponta para três fatores chaves: a crença no mito das taxas de rejeição, a falta de monitoramento e acompanhamento das falhas de entrega e a resistência à implementação das melhores práticas. O estudo também analisa questões de B2B e o impacto que novos filtros representam sobre a entrega nas caixas de entrada.

A entregabilidade na América do Norte é a melhor, globalmente, com 86% dos e-mails ingressando na caixa de entrada. O Canadá mostra uma taxa desproporcional entre os os que são simplesmente perdidos (12,2%) e aqueles entregues na pasta de spam ou lixo eletrônico (2,56%). Nos Estados Unidos percebe-se um equilíbrio maior entre as mensagens que são perdidas, de 5,9%, e as que são entregues nas pastas de spam ou lixo eletrônico, de 7,56%.

Na Europa, no primeiro semestre de 2011, aproximadamente um, em cada seis e-mails legítimos (16,5%) nunca chegam na caixas de entrada dos assinantes. Além disso, mais de um em cada dez e-mails comerciais (10,4%) são completamente perdidos, bloqueados por provedores antes de alcançar a caixa desejada. Em comparação, a Europa está três pontos percentuais (83,5%) atrás das taxas de entrega da América do Norte (86,5%).

Na América Central e na América Latina, a entregabilidade continua a ser um grande obstáculo, com apenas 62% (somente seis em cada dez) chegando na caixa de entrada. Os 38% restantes são rejeitados pelos provedores (21%) ou colocados nas pastas de lixo eletrônico ou spam (17%).

Brasil precisa melhorar entregabilidade

O cenário é particularmente problemático no Brasil. Com 25% de todos os e-mails permitidos sendo entregues nas pastas de spam ou lixo eletrônico e um, em cada dez,  perdidos (11%), apenas 64% são entregues nas caixas de entrada brasileiras. Em comparação com a média global de 81%, o Brasil mostra uma clara e inadiável necessidade de melhorar a sua entregabilidade.

Com mais de um em cada cinco e-mails nunca entregues na caixa de entrada (78%) na região da Ásia-Pacífico, a Austrália registra uma alta taxa de entregabilidade (89%), com apenas 6% perdidos e 5% direcionados para pasta de lixo eletrônico ou spam.

A situação da entregabilidade na China não coincide com os índices do resto da região Apac. Apenas 58% dos enviados ingressam de fato nas caixas de entrada. A maioria deles na China é bloqueada pelos provedores (39%) e apenas 3% são entregues nas pastas de spam ou lixo eletrônico.

Preocupações B2B

Alcançar endereços comerciais ainda é difícil porque estas caixas de entrada são protegidas por sistemas como Postini, Symantec e MessageLabs. Apenas 80% dos e-mails são entregues por intermédio destes sistemas.

Ainda que tenha ocorrido uma melhora de 5% a partir de 2009, quando apenas 75,2% das mensagens chegavam na caixa de entrada, os diversos métodos de filtragem utilizados por endereços de e-mails de empresas querem dizer que a entregabilidade ainda deve ser considerada preocupante.

Impacto das Novas Tecnologias de Caixa de Entrada

Além de conduzir o “Estudo Comparativo Global de Entregabilidade de E-mail, Primeiro Semestre de 2011”, a Return Path analisou uma amostra de 30 mil e-mails do Gmail de 1º/07/11 até 10/08/11, sendo que 81% das caixas de entrada do Gmail tinham a opção “prioritária” habilitada, com a porcentagem de adoção aumentando durante aquele período.

Para todos os e-mails observados naquele período, a média de ingresso na caixa de entrada foi de 91%, com 9% marcados como spam. A média de direcionamento para caixa de entrada prioritária, excluindo aquelas que foram para caixa de entrada, foi de 17%.

Do ponto de vista de melhores práticas, remetentes com segmentação bem definida, dados limpos e forte estratégia de conteúdo tendem a não observar nenhuma mudança drástica nas respostas de suas campanhas devido ao desenvolvimento de novas caixas de entrada. Ao pesquisar mensagens altamente relevantes para sua base de assinantes, eles desenvolveram uma base muito leal de seguidores.

“O que os remetentes desconhecem sobre sua entregabilidade deixa seus negócios vulneráveis e diminui a probabilidade de receita a partir dos seus canais de e-mail”, afirma Matt Blumberg, CEO da Return Path.

“Apenas 81% de todos os e-mails no mundo chegam nas caixas de entrada. Podemos mudar isto significativamente para melhor ao entender para onde eles vão – e por quê – e assumindo a responsabilidade por onde eles são entregues. Ter acesso a dados de entregabilidade, levar as falhas a sério e implementar melhores práticas continuamente são fatores cruciais para que os remetentes aumentem a eficácia de seus programas”.

Metodologia

O estudo analisou dados de 149 provedores na América do Norte, Central e Latina, Europa, Ásia e Ásia-Pacífico, de Janeiro a Junho de 2011 e acompanhou as taxas de entrega, bloqueio e filtragem de mais de 600 mil campanhas de e-mail marketing.

Três Razões para Falhas na Entrega

O mito das taxas de rejeição

Os remetentes continuam a acreditar no “mito das taxas de rejeição”, ou seja, todo e-mail que não foi rejeitado foi entregue. Isto não é o caso. Os remetentes são somente notificados quando seu e-mail é enviado para um endereço errado e não se foi direcionado para a pasta de lixo ou spam. O que os remetentes realmente precisam saber são suas taxas de ingresso na caixa de entrada – o número de e-mails que realmente chegam na caixa de entrada.

– Usar apenas o faturamento ou a taxa de resposta como métricas para a entregabilidade

É um erro supor que, apenas porque um programa de e-mails gera receita (ou alcança boa resposta), isso significa que ele deve estar sendo entregue para todos os clientes relevantes. Pense no quanto dinheiro pode ser desperdiçado se uma parte significativa da lista não recebe as mensagens.

– Muitos remetentes ainda resistem à implementação das melhores práticas que tornam a entregabilidade do e-mail mais factível e mais consistente

A pesquisa da Return Path mostra altos percentuais de marcas importantes que deixam de adotar as melhores práticas básicas, como mensagens de boas-vindas, procedimentos eficientes de opt-out e níveis apropriados de permissão – que podem, todos eles, comprometer a entregabilidade do e-mail.