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Os olhos do mundo agora se voltam para a Rio 2016

As Olimpíadas são o segundo evento esportivo global que o Brasil se comprometeu a sediar, e, em seguida ao fim do maior evento dedicado a um único esporte do mundo, o Rio de Janeiro embarca na fase final para entregar um projeto assolado por problemas.

Depois do fim da Copa do Mundo, que teve como campeã a Seleção da Alemanha, em uma partida emocionante contra a Argentina (1×0), e do Brasil ter mostrado ao mundo o seu potencial para a realização de grandes eventos (Veja aqui), a partir de agora, as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, passam a ser o centro das atenções, com o Comitê Olímpico Internacional (COI) na cidade para monitorar o progresso dos preparativos a assistir à final do evento.

As Olimpíadas são o segundo evento esportivo global que o Brasil se comprometeu a sediar, e, em seguida ao fim do maior evento dedicado a um único esporte do mundo, o Rio de Janeiro embarca na fase final para entregar um projeto assolado por problemas.

Chamada em abril pelo vice-presidente do COI, John Coates, a pior preparação de todos os tempos, os organizadores do Rio estão acuados desde o início, tentando correr atrás de prazos atrasados.

rio 2016O presidente do COI, Thomas Bach, reuniu-se com a presidente Dilma Rousseff em Brasília no dia 11/07, antes de retornar ao Rio para marcar presença na final da Copa do Mundo.

“Estamos vendo ótimos progressos e apreciamos o comprometimento da presidente e do governo brasileiro com os Jogos”, disse Bach a jornalistas. “Acreditamos que eles vão ser muito bem-sucedidos.”

O advogado alemão assumiu o controle do COI após vencer a eleição em setembro, e tem tentado implantar um senso de urgência nos organizadores desde então.

O Brasil teve que enfrentar anos seguidos de críticas durante os preparativos para a Copa do Mundo, e os atrasos em projetos de infraestrutura e estádios levaram a Fifa a dizer que os brasileiros precisavam de “um chute no traseiro”.

Os temores de grandes manifestações e graves problemas de segurança e transporte não se concretizaram durante o torneio de um mês, avaliado em geral como um sucesso, e o COI espera que os organizadores das Olimpíadas tirem valiosos aprendizados.

Evento-Teste

“O Mundial é um pouco como um evento teste para o COI”, disse no dia 11/07 à Reuters uma fonte ligada aos Jogos Olímpicos com conhecimento direto sobre os preparativos para a Rio 2016, sob condição de anonimato.

A fonte também disse que o COI estava “explicando, explicando e explicando”, de modo a evitar uma rejeição dos cidadãos brasileiros sobre os gastos multibilionários com grandes eventos esportivos, como aconteceu com a Fifa.

O COI iria retornar uma soma que pode chegar a 1,5 bilhões de dólares aos organizadores, por meio de rendimentos gerados pelo evento a partir de patrocínios e direitos de transmissão, disse a autoridade.

A verdade, no entanto, continua a ser que os organizadores da Rio 2016 não tem um minuto a desperdiçar, com o primeiro evento-teste para as Olimpíadas –uma prova de vela– marcado já para agosto.

Desde a limpeza da Baía de Guanabara, (Veja aqui), onde serão realizadas as provas de vela, à construção do segundo Parque Olímpico da cidade, no bairro de Deodoro, ainda na fase inicial, até a conclusão de projetos de mobilidade fundamentais, há muito trabalho a fazer.

Foto: Agência Brasil.

“Esse é um tempo em que muito do trabalho tem sido realizado, mas ainda não é muito visível, embora progresso tenha acontecido. A Vila dos Atletas, por exemplo, está 40% completa”, disse uma fonte dos Jogos Olímpicos.

Com o apagar das luzes da Copa do Mundo após a final do dia 13/07, um outro holofote vai brilhar forte sobre o Brasil, e, até 2016, o que ele mostra vai se parecer mais como um sinal de interrogação.

Fonte: Reuters.