Experiência de Marca

O que nos une? O que nos separa?

O live marketing não acabou com o marketing promocional, assim como a internet e o mundo digital não acabaram com a publicidade e a propaganda.

Há no horizonte que se avizinha um sol nascendo “ao vivo”. Ele encoraja e desperta as possibilidades de trabalho que podem fundamentar uma nova era.

A comunicação mudou. E ponto. Podem falar o que quiserem os saudosistas, que buscam no passado os argumentos para dizer que nós não existimos, que eles já faziam o live marketing desde 1900 “e vovô criança”.

Ninguém está aqui para comparar nada. Mesmo porque, se fosse assim… Será que deveríamos partir do pressuposto que a internet que existia àquela época (1900 “e vovô criança”), já era a “única” e mais clara maneira que tínhamos para interagir, conhecer marcas, caminhos, opções e oportunidades, das pessoas (eu sei que hoje não é 100% assim, mas parece, ou não?).

Será que as mídias sociais, lá atrás, eram o ponto de encontro de nossas conversas de pé de ouvido, o lugar para convidar as pessoas para festas, encontros, vender ideias e coisas e… fazer promoções.

Inclusive, deveras, a noção entre consumidor e shopper já era aguçada e os públicos eram convencidos mais pela emoção e sensação da experiência que tinham com os produtos e marcas do que com os panfletos de rua, os outdoors, ou os anúncios de jornal. Era assim? Não era???????

O live marketing não acabou com o marketing promocional assim como a internet e o mundo digital não acabaram com a publicidade e a propaganda. Mas é certo que o live colocou o marketing promocional pra dentro do seu universo, minimizando-o como atividade guarda-chuva, assim como o mundo digital fez a percepção da importância da publicidade e da propaganda ser menor que a da comunicação. Que cliente, em sã consciência, chega numa agência hoje dizendo: Quero uns anúncios aí?

Ninguém sumiu, ninguém acabou, mas cada um foi colocado no seu devido lugar. Todos fazem parte do universo maior que é a comunicação da marca, do produto e do serviço, que hoje não dispensa o sobrenome de integrada. Não adianta chorar, aliás nunca adiantou, é preciso seguir em frente, conhecendo o passado – e respeitando, vivendo o presente e antevendo o futuro.

Foi o que fizemos. Antevimos que era hora de uma grande mexida que nos desse respaldo de empresas de comunicação que somos, de grande indústria que somos, de estratégicas que somos, de profissionais que somos, preparando o nosso futuro.

Há passos consequentes e paralelos. O Sindilive é um, a reeducação do cliente, a formação de nosso profissionais, a delimitação de nossas ferramentas, a reorganização de nossa participação no mercado, etc., outros.

Mas uma coisa é certa. A mais importante de todas: a nossa união em torno de objetivos comuns. Não há como conseguirmos nada deixando abertos os flancos com discussões inúteis, dissensões melindrosas, opiniões retóricas, ou torcida organizada pra “secar”. Seremos herdeiros dos nosso atos, dos nosso erros e acertos.

O que se viu nos últimos dois anos, e hoje está acentuado, dá tristeza: Nunca vi tanta agência legal fechar. Nunca vi a Criação na situação lamentável que se encontra no mercado – grandes criativos fora de agências (agências sem criação), sem emprego, ganhando mal, virando planner. Nunca vi tanta barbaridade de cliente. Nunca vi tanta coisa ruim acontecendo a um só tempo… Mas, ao mesmo tempo… Nunca vi tanta oportunidade de se diferenciar, mudar e conquistar.

Vejam: Se não somos importantes, por que tem tanta gente querendo os associados da Ampro? Querendo, inclusive, confundi-los para se aproveitar da confusão? Se não incomodamos, por que tem tanta gente batendo na história de que o live marketing não existe, que isso é invenção? Tá, se não existe, não precisa falar nada. O que não existe não incomoda e some. Pensem!

É hora de estarmos mais juntos que nunca. Na Ampro e no Sindilive, nossos caminhos de conquista. Um nos respaldando e representando juridicamente, outro contextualmente, filosoficamente, assim como brilhantemente o fazem o Sinapro e a Abap e a ABP para o mercado publicitário.

Temos sim senhor no nosso canal uma voz. Queiram ou não, é o Promoview o nosso megafone, único a abrir as portas para as notícias e informações que nos interessam. Existem outros meios para focar, e passar, as mensagens do mercado publicitário que agora até nos procuram.

Aliás, uns três ou quatro só pra isso. Mas onde saem as nossas notícias? Em que página? Com que destaque? Dizem o que gostaríamos de ouvir ou falar quando nos abrimos para eles? Nós só temos um veículo a nos destacar.

É a nossa hora. Precisamos nos filiar à Ampro, ao Sindilive. Divulgar o que fazemos, nossas histórias e versões, nossas propostas, cases e ações no Promoview (vá lá que se queira potencializar a comunicação em outros meios, mas no Promoview nossa notícia é capa). Estarmos juntos, agências, profissionais, fornecedores, academia, mercado.

Porque serão nossos acertos que delinearão nosso futuro e deixarão nossa marca em destaque, mas é certo que os nossos erros também o farão. Eu quero um futuro live e uma marca Ampro. Quem quiser outra coisa que tenha um futuro off e uma marca morta, mas longe de mim.