Experiência de Marca

O que faz sua marca ser democrática? - Fernanda Scuro

O primeiro passo de uma marca democrática é perder o preconceito, o que antes estava no universo distante da maioria da população, hoje é realidade, faz parte do presente.

Fernanda Scuro*

Já pensou na oportunidade de democratizar a sua marca? Os consumidores emergentes possuem, atualmente, um poder de compra 13 vezes maior do que o da elite e uma marca democrática conversa com todos os tipos de consumidores, sem discriminação. É exatamente isso que Havaianas buscou, uma marca que equilibra o popular e premium.

O primeiro passo de uma marca democrática é perder o preconceito, o que antes estava no universo distante da maioria da população, hoje é realidade, faz parte do presente. Os consumidores da classe C, por exemplo, consomem perfumes e bebidas importadas, adquirem um carro zero customizado e viajam para fora do país, são produtos e serviços não mais exclusivos das classes sociais mais altas.

A nova classe média é a que mais contribui para o crescimento do País e para os lucros das empresas, pois somente 0,6% da população do Brasil recebem por mês um valor maior que R$ 20 mil, potencial de consumo de R$ 71,3 bilhões, enquanto a nova classe média, metade da população brasileira, representa um potencial de compra de R$ 923,5 bilhões, segundo fonte do Data Popular.

Justamente esse consumidor emergente é o mais otimista, progrediu muito ao longo de sua vida e tornou-se mais ousado nos gastos e sonhos.  Porém, independente da classe social, todos os consumidores valorizam os mesmos conceitos: autoestima, sensação de prazer e recompensa, qualidade, autenticidade e a importância da cultura popular, são pontos unânimes.

É fundamental que os produtos e serviços oferecidos no mercado aprendam a dialogar com essas características, pois uma marca democrática é amiga, verdadeira, tem respeito pelos consumidores e desperta fortes emoções.

Outro exemplo que posso colocar é a marca Ferrari: grande parte da população não possui condições de comprar o carro, mas um boné, perfume e roupas sim, itens responsáveis por 62% do faturamento da empresa.

Hoje, o consumo de vinhos importados, viagens ao exterior, cosméticos importados é semelhante nas classes sociais A, B e C. Com a facilidade do crédito o cenário muda cada vez mais e a sua marca precisa estar atenta aos novos consumidores. Democratize já!

Fonte dos dados consultados: Revista Exame.

*Fernanda Scuro é publicitária graduada pela FAAP e atua em atendimento de contas corporativas.