Experiência de Marca

O mercado entre interrogações, reticências, exclamações e vírgulas. Onde está o ponto final?

Muitas agências no Brasil enfrentam dificuldades enormes para se manterem atuantes. Ainda que lendo e vendo nos principais veículos da mídia especializada muita gente trabalhando, isso não significa que a agência não tenha problemas.

Muitas agências no Brasil enfrentam dificuldades enormes para se manterem atuantes. Ainda que lendo e vendo nos principais veículos da mídia especializada muita gente trabalhando, isso não significa que a agência não tenha problemas.

A que ponto chegamos? O que fizemos de errado? Quais os reais problemas? Tem solução, tem saída? Os nossos profissionais têm mercado? O que mudou? O que está mudando? O que está acontecendo? É a crise?

Começo esse texto na contramão de meus últimos, onde venho incentivando todo mundo à crença da redenção. Mas isso não significa mudança de posição.

Sou leitor assíduo de bons textos, artigos, livros e histórias. Adoro ouvir e falar (dizem que falo mais do que devo, mas, me perdoem o vício adquirido na sala de aula, por mais de 20 anos, e em Palestras, quase só falando, porque ninguém pergunta nada – quase ninguém, né.) com amigos, especialmente gente “porreta” do meu Nordeste querido, de onde vozes sábias e de sucesso como as de Milton, Aguinaldo, Marcio, Manuel, Elaine, Tiago e tantas outras vêm..

Ouço do Sul a Grazy, o Tiago, o Pedro, a Patrícia, a Eliete, a Elaine, o Roberto… Das Minas Gerais, a Alexa,  a do Rafael, do Espírito Santo. Moisés, Juliana e Fred ecoam do Centro Oeste.

De São Paulo não daria para falar, mas leio e ouço o Riva (o tempo todo), o Dil e a Marina. Fora o Celio, Wilson, Ronaldo, Maurício, Bazinho, Beato, Soderi, Ana Paula, Luiz, Denise, Patricia, Natalia, Debora, Oliva, Kito, Elza, essa ouço e leio tudo, e mais uma dezena de gente especial que tudo sabe e conhece.

No Rio, algumas vozes têm se calado, mas ouço a Debora, o Formiga, o Marcelo Benzaquem, o Alexandre e o Marcos da VZA, a Tania, o Rafael Liporace, o Michael Andrade, Eleonora, Gilberto Strunck, Gustavo, Flavio Machado, Abel Gomes, Marcelo Alves, e mais um montão de gente de força.

Cito nomes, porque nomes é que fazem o mercado, são esses nomes-gente que citei que fazem a diferença. Nomes que geram nomes de empresas, que perenizam seus nomes na história do que fazemos e que são, em última instância, os responsáveis pelas respostas das perguntas lá de cima.

Não preciso dizer que tudo mudou. E quem se assustou com isso não devia ter se assustado. Ou alguém pensa que o mundo só muda para os outros? A mudança sempre foi a única constante do mundo, em especial hoje, no digital mundo, onde a novidade dura minutos ou segundos, até que alguém poste, twuite, tire ou ponha no insta, viralize, faça um meme, gamefique, passe para um crush, hackeie, vire spam, descurta, faça um novo emoji, crie uma nova hastag, um gif, saia da time line, não seja mais tranding topic… e por aí vai.

Nossos erros vêm de longe e não os enxergamos porque só vemos a nós mesmos. Na ânsia de cuidar de si, não percebemos o mundo convergindo para – de novo, diga-se de passagem – o coletivo, o dividido, a parceria. A volta dos freelas, dos grupos, da divisão de espaço e das estruturas enxutas.

A que ponto chegamos? Chegamos ao ponto que nós deixamos chegar, aceitando tudo do cliente, que nunca teve sempre razão, mas que sempre deveria ter sido tratado, profissionalmente, como nossa prioridade numero 1, acima do que julgamos que era essa prioridade: Nós mesmos.

O que fizemos de errado? Ah, fizemos muito, né? Basta lembrar que ser chamado de marqueteiro, hoje, é ofensa que pode dar até em cana. E nós somos profissionais do Marketing, ou não?

Entende, agora, porque ser do Marketing, tanto do cliente quanto do mercado, pode ser ruim? Erramos nos tornando negociantes de esquemas, deixando o profissionalismo em segundo plano. Tá certo que o network é importante, mas quem dá hoje grana na mão de qualquer um, companheiro ou amigo? Entendeu o erro?

Quais os reais problemas? Deixamos de ser profissionais para buscar soluções em propostas indecentes. Quando as aceitávamos, estávamos começando a morrer. Uns em longo, outros, e muitos, em médio e curto prazo.

Tem solução, tem saída? Sempre tem. Reativar o profissionalismo, qualificando e atualizando os melhores profissionais que temos, reduzir estruturas ao mínimo necessário, crescendo segundo o que temos de demanda, focar nas ferramentas que o cliente quer – posso dar algumas, mas fica para outro papo – e precisa, de acordo, claro, com o mercado onde estamos e nossas maiores expertises. Não dá para ser mais ou menos no que fazemos, temos que ser os melhores em tudo (lembra dessa frase antiga. Tá valendo, hoje, mais que nunca).

Os nossos profissionais têm mercado? Têm, mas só os bons. Os que não reclamam do trabalho que tem que fazer, que não são nossos amigos, mas são os melhores, ponto. Amigos, amigos, negócios à parte (lembram dessa também. Quem não lembrar vai se…). Freelas são bem-vindos, o ideal são freexos (freelas que sempre estão com a gente e que, um dia, pode sem fixos).

O que mudou? O que está mudando? Precisa falar gente? Tudo. A economia, a política, a lava-jato, as necessidades dos consumidores e shopper, as conexões do próprio mercado que não fala mais em mídia, mas em pontos de contato. O mundo ao vivo, full time, em real time, que nos expõe à verdades e conteúdos e à necessidade das novas experiências todo tempo. Onde cabem os mais ou menos nesse mundo? Os parças, os amigos, os queridos, os espertos, os malandros???? Onde?

O que está acontecendo? É a crise? É a crise. Mas ela é mais moral e profissional que econômica. Por isso, você ouve falar de tantas agências trabalhando, fazendo, acontecendo. Por isso o Rio desperta para um novo momento depois da reunião com o novo presidente da RIOTUR, que vem do mercado, que atuou nele como dono de Agência e o conhece, e quer melhorá-lo, porque sabe que o que for bom para todos será para ele, profissional que é.

E onde você está nesse mundo, nesse mercado? Em que ponto? No de interrogação, no de exclamação, nas reticências, nas vírgulas sem fim, no ponto continuativo?

Sejamos profissionais, ganhemos até menos, desde que com constância. Entendamos que se todos trabalham é porque está bom para todos. Se o mercado e as concorrências ficam na mão de um ou dois… ele tem sérios problemas.

Se você ainda está iludido na sua percepção de que estar associado não vale nada, que sozinho será mais fácil, as reticências de seu caminho podem nunca acabar.Somos Live Marketing (#somoslivemkt) e quem esta conosco vai sair dessa mais rápido. E aí sim por um ponto final nessa angústia. Ponto!