Experiência de Marca

O Congresso, as luzes e as sombras

A luz estava lá. Havia gente buscando, ansiando e encontrando soluções conjuntas, parcerias de conteúdo e trabalho. Uma luz num túnel difícil de se passar sozinho.

Estive no segundo Congresso Brasileiro de Live Marketing na semana passada. Lá estavam os mais importantes profissionais do mercado Live. Todos, não, mas boa parte deles. Pelo menos os que se acreditam, e acreditam, Live.

Tivemos painéis superinteressantes, importantes mesmo para alinharmos caminhos a seguir. Diria que dois deles foram muito mais contundentes e significativos para nós: O que teve o cliente como foco, o Painel “O Valor do Live Marketing”, que contou com a presença de gente do Marketing da MasterCard, Samsung e Nestlé, com destaque para Tatiana Lemos, por suas posições claras e bem definidas quanto ao Live.

O outro foi o Painel da Regionalização, que mostrou a força do live marketing brasileiro, de todos os cantos desse enorme País. Ficou clara, de vez, a força das agências do Norte, do Nordeste, do Rio, do Sul e do Centro-Oeste, não só na criação e execução de eventos regionais de grande porte, mas também no fato inconteste de que hoje o cliente pode, sem medo, contratar agências locais, sem precisar levar nenhuma de outro Estado, otimizando custo e elevando assertividade nas suas ações.

Foto: Divulgação.

Outros painéis foram bons, mas careceram, de minha parte de pequenas coisas, como o de Criatividade e Inovação, na mediação brilhante de Dil Mota, no qual, sinceramente, senti falta de criativos de outros Estados (antes que falem, não vale quem nasceu fora e trabalha em SP, pois isso tinha. Falo de quem milita na região e rala por lá.), como uma Aline Brault da Bahia ou um Marcio Formiga, paranaense que trabalha no Rio. Seria engrandecedora a presença de ambos.

Enfim, mais prós que contras, o Congresso foi um sucesso.

Lançamos o nosso livro: "Do Marketing Promocional ao Live Marketing. Below é a PQP, como diz Victor Oliva". Fizemos muitas dedicatórias para gente de todo o Brasil que comprou nosso livro e o levou para seus Estados.

Aliás, se teve uma coisa a se comemorar nesse Congresso foi a presença maciça de representantes de agências de todo Brasil. Gente de Norte a Sul encheu a plenária, ocupou os espaços, interagiu com os palestrantes, ouviu e se posicionou, ouviu e registrou e deitou e rolou à noite no Globes Nacional, onde, nunca na história desse prêmio, se viram tantas agências e profissionais de todo o País ganharem tantos prêmios.

Faltaram, no Congresso, agências paulistas, tão importantes no contexto das ideias e soluções Live, para interagir com esse público. Bem verdade que lá estiveram agências e nomes significativos do mercado paulista, mas muitos só ficaram nos momentos em que estavam no palco. Por razões que vão do trabalho que não para, na cidade que também não para, a uma indiferença estranha ao que não é de Sampa, não os vi em todas as palestras.

Bom, dito isso, senti falta das sombras.

A luz estava lá. Havia gente buscando, ansiando e encontrando soluções conjuntas, parcerias de conteúdo e trabalho. Uma luz num túnel difícil de se passar sozinho.

O Live, hoje, é realidade até para aqueles que insistem em dizer que ele não existe. Realidade para clientes, agências, profissionais e academia. Realidade que, como qualquer atividade de Comunicação nos dias atuais, precisa de norte.

E ele se fez. Desde o primeiro Painel, ao se ouvir a posição do cliente, passando por uma palestra instigante do Ricardo Amorim, que apontou caminhos, passando pela palestra do Carlos Henrique da Rede Globo, que tinha o singelo e sugestivo título de: Vamos fazer Negócios? Muita Luz. E excelente oportunidade para quem foi e fez network.

Até o Painel da Regionalização, que deixou clara a força de agências até então relegadas ao plano das coitadinhas, a luz se abriu.

E as sombras?

As sombras não foram. São as agências e profissionais de oportunidade, as 'Eugências' dos espertos e egoístas. Dos que só pensam em si e em seus botões. Que não discutem, não ouvem, não participam, mas reclamam ao pé do ouvido do cliente, de quem puxam o saco ou buscam acordos que lhes facilite a vida. Mercado? Que se dane! O hoje é o que vale e ponto.

Eles mesmos, aqueles que ajudaram políticos e clientes a criar o quadro negro que sentimos hoje. E a mesma crise que agora os amargura é essa mesma crise que ajudaram muito a acontecer.

São os caras que investiram nos esquemas, mas nunca investem na qualidade de seus profissionais e contratam os baratinhos, porque não estão preocupados, nem aí, como sua fama de agência estratégica, com o que vão entregar, eles só sabem se entregar e entregar a gente.

Eles, sombras do nosso mercado, párias à espera da volta dos esquemas. Estão ali, acolá, por aí, parados, esperando “o mercado melhorar”, buscando outras “cositas”, na sombra que são. Nada de investir na esperança, no trabalho, no mercado ou na luz.

Como sombras que são, esperam a nossa luz.

Então, para você que foi ao Congresso e para você que, mesmo luz, não foi por razões justas, que vão do fato de estar trabalhando, de não ter recursos, de não poder se ausentar por motivos pessoais diversos, comerciais ou de trabalho, mas que fez, e faz questão de ler, saber como foi e se informar. Para você, um toque.

Quando as sombras voltarem, pegue a luz que o Congresso nos deu e acenda sobre elas, sobre as agências e profissionais do mal, apagando-os, exilando-os no vale das sombras, onde vão continuar gritando, rugindo ou reclamando, mas não vão poder apagar a luz de um mercado competitivo, transparente, acessível a todos que se prepararam para ele.

Se tiver dúvidas de quem são, faça uma pergunta: O que você faz? Se a resposta for: Live marketing! complete: O que é live marketing?

Se o silêncio for a resposta com um emendar de 'mi mi mis' e papos enroladores e propostas de conversas de canto. São eles. São sombras.

Se a resposta for qualquer outra, tentando explicar nossas ferramentas e soluções, mesmo com dúvidas e desejos de se saber mais, são luzes, acessas ou por acender.

Luzes respondem com brilho da luta, da tentativa de união e trabalho. Sombras propõem acordos e esquemas porque são nossas sombras, nas sombras. Apague-as!