Experiência de Marca

Não faltarão hotéis para a Copa de 14

Para o vice-presidente do Fohb, Julio Serson, não faltarão quartos durante o evento, mas há risco de algumas cidade sofrerem com uma superoferta, caso a construção de novos empreendimentos não seja cuidadosamente planejada.

O presidente do Grupo Serson e vice-presidente de Relações Institucionais do Fórum de Operadores Hoteleiros (Fohb), Julio Serson, acredita que a hotelaria brasileira está pronta para receber os turistas internacionais que virão ao País para a Copa do Mundo de 14. Para ele, não faltarão quartos durante o evento, mas há risco de algumas cidade sofrerem com uma superoferta, caso a construção de novos empreendimentos não seja cuidadosamente planejada.

Julio Serson, presidente do Grupo Serson e vice-presidente de Relações Institucionais do Fórum de Operadores Hoteleiros (Fohb).

“Não faltarão quartos, pois essas grandes cidades vão deixar de receber o fluxo normal que teriam normalmente. Se pegarmos cidades com fluxo grande de turistas de negócios, como São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e outras, certamente elas não terão congressos e convenções nesse período, os dias de jogos serão praticamente feriados. Vai haver um equilíbrio de demanda tranquilo. Não faltarão quartos de forma alguma”, disse.

Para Serson, a principal preocupação é a de que sejam construídos hotéis em excesso. Ele explica que nenhum novo empreendimento pode ser projetado pensando apenas nos 30 dias de uma Copa do Mundo ou das Olimpíadas. O executivo defende o planejamento de longo prazo.

“São eventos importantes e a hotelaria vai poder atender bem”, afirmou. “Em algumas cidades, como Manaus e Belo Horizonte, por exemplo, há esta preocupação, pois estão sendo construídos muitos hotéis. Salvador também é uma cidade que corre risco, já que o fluxo tem caído um pouco e também porque depende muito do fluxo estrangeiro e, com a crise, e possível recessão na Europa, ela pode ser atingida”, complementou.

Serson acredita que esses eventos esportivos terão um impacto muito grande na hotelaria. Para ele, os efeitos serão muito positivos, já que o Brasil será muito divulgado no exterior. “Vai se ouvir falar muito do Brasil nos próximos anos e a hotelaria está atenta a isso. Não vamos fazer hotéis só por conta desses eventos, mas sim, conforme a economia cresça e venham mais turistas para o País, e que o próprio brasileiro viaje mais. O parque hoteleiro vai aumentar, mas isso deve acontecer pelas perspectivas de longo prazo e não por esses eventos”, finalizou.