Experiência de Marca

Museu de Artes e Ofícios exibe exposição de oratórios

Chega a Belo Horizonte uma exposição que tem encantado católicos e apreciadores da arte: “Oratórios – Relíquias do barroco brasileiro”, que ficará em cartaz até o dia 06/01 no Centro da Capital.

Chega a Belo Horizonte uma exposição que tem encantado católicos e apreciadores da arte: “Oratórios – Relíquias do barroco brasileiro”, que ficará em cartaz até o dia 06/01 no Museu de Artes e Ofícios, no Centro da Capital.

A mostra reúne 115 peças, entre oratórios, objetos e imagens sacras dos Séculos 17 a 20 pertencentes ao Museu do Oratório, que funciona em Ouro Preto.

As peças integram o núcleo dedicado a mostras itinerantes do Museu do Oratório. Curadora da mostra, Ângela Gutierrez explica que se propõe o mesmo percurso oferecido nas visitas ao acervo permanente da instituição ouro-pretana.

As peças integram o núcleo dedicado a mostras itinerantes do Museu do Oratório (Foto: By uia.com).

O roteiro começa com oratórios de viagem, pequenas peças simples, que revelam a fé popular, carregadas na bagagem em deslocamentos em viagens áridas por terras hostis do Brasil colônia.

Em outra etapa do acervo veem-se peças eruditas e elaboradas, comprometidas com estilos de época, mostrando o quanto a religião se fazia presente em contextos abastados. A colecionadora Ângela Gutierrez explica que ali estão trabalhos representativos de cada setor da sociedade que carregam histórias.

Em uma etapa do acervo veem-se peças eruditas e elaboradas (Foto: By uia.com).

Um dos oratórios que tem chamado a atenção traz Nossa Senhora do Rosário e é atribuído a Francisco Xavier Servas (1720 –1811), nome importante do barroco mineiro. Em 1997, ele ficou no quarto ocupado pelo Papa João Paulo II, durante visita ao Brasil.

Outra atração é a casa de Santo Antônio, datada do Século 19, encontrada no Rio de Janeiro e recém-inserida no acervo. “É uma peça curiosíssima. Não vou dizer mais nada porque quero que as pessoas a vejam ao vivo”, provoca a curadora.

Este ano, a exposição passou pelo Centro Cultural Metropolitano de Quito (Equador) e pelo Museu Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro, integrando a programação oficial da Jornada Mundial da Juventude ao lado da mostra Tesouros do Vaticano.

A grande empatia despertada pela exposição em vários países não se deve, necessariamente, ao fato de ser arte ligada à religião, observa Ângela Gutierrez.

“A magia dos oratórios seduz qualquer observador, estudioso ou não, tenha fé ou não. O fato de serem objetos religiosos é parte da simpatia que despertam. Oratórios emanam energia diferente. Em volta deles há um clima especial, que, para mim, vem da fé depositada no sagrado”, argumenta Ângela Gutierrez, dizendo-se “católica, mineira e com santo de devoção”.

A exposição estará aberta nas terças e sextas-feiras, das 12h às 19h, nas quartas e quintas, das 12h às 21h e nos sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h. Entrada franca.