O CrossFit se popularizou no mundo ao longo dos últimos anos e a busca pelo profissionalismo motivou, nos Estados Unidos, a criação do Grid, modalidade em que a maioria dos atletas tem o CrossFit como metodologia.
Além de ex-ginastas, levantadores de peso e até ex-jogadores da NFL. O rig, aparelho central das provas da NPGL (Liga Nacional Profissional de Grid, em português), é de criação e fabricação da Mobiliário Urbano Desportivo (Mude).
Fotos: Divulgação.
A empresa, do engenheiro de produção carioca, Marcus Moraes, e que está no mercado há 12 anos, investiu um total de US$ 500 mil, numa parceria com a sueca Eleiko, fornecedora dos equipamentos de ginástica dos Jogos Olímpicos, para desenvolver o aparelho.
Como se Disputa o Grid ?
A competição de Grid é disputada em formato de corridas, com duas equipes de dez atletas entre homens e mulheres, buscando terminar, no menor tempo possível cada uma das 11 “races” compostas de séries de exercícios funcionais, como levantamento de peso e corporal, saltos, agachamentos, argolas, entre outros.
O projeto do rig, que tem três toneladas, demorou quatro meses para ser concluído e mais 20 dias para ir, de navio do Rio de Janeiro, para os Estados Unidos.
A criação foi feita por uma equipe chefiada por Marcus e composta pelo desenhista industrial Bernardo Perico, o engenheiro mecânico Júlio Pancera e o Head Coach da CrossFit Carioca André Silva.
“Participar da criação de um esporte é uma honra muito grande. Em abril, a Liga nos forneceu algumas informações de como gostaria que fosse o rig, nós desenvolvemos cinco modelos para análise e entregamos o protótipo escolhido em junho. No mês seguinte, já apresentamos o aparelho pronto.”, explica Marcus Moraes.
“Esse equipamento pode ser adaptado para uso em ginásios de CrossFit ou fitness, porque possibilita uma diversidade enorme de exercícios e pode ser utilizado por 38 atletas ao mesmo tempo.”, completa o engenheiro.
Foco no Espetáculo
A NPGL e a Mude se preocuparam com o visual e a audiência, já que as provas são transmitidas na NBC Sports, uma das maiores redes televisivas do mundo. O aparelho teve de ser criado de forma a permitir perfeitamente a visão das duas equipes, que competem uma de cada lado, de qualquer área do ginásio.
“O esporte é atrativo ao público e aos patrocinadores, com regras bem definidas e fáceis de serem acompanhadas”, explica Moraes.
Os atletas, escolhidos em sistema de recrutamento baseado nas ligas desportivas dos Estados Unidos, como NBA e MLB, recebem salários. Na próxima temporada estão confirmadas 12 franquias, que têm de investir US$ 500 mil no mínimo (aproximadamente R$ 750 mil) para entrarem na Liga.