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<!--:pt-->Moradores perdem e RBAR é confirmado no Rio<!--:-->

Diante da previsão dos organizadores de levar mais de um milhão de espectadores ao Parque do Flamengo para assistir, nos dias 08 e 09/05, ao evento de aviação Red Bull Air Race, moradores do entorno da região reuniram-se no dia de ontem (28/04), com o prefeito Eduardo Paes para pedir o fim da realização de grandes eventos ali, mas saíram contrariados. No encontro, o prefeito confirmou a realização do evento, prometendo modificações no planejamento da prefeitura.

Diante da previsão dos organizadores de levar mais de um milhão de espectadores ao Parque do Flamengo para assistir, nos dias 08 e 09/05, ao evento de aviação Red Bull Air Race, moradores do entorno da região reuniram-se no dia de ontem (28/04), com o prefeito Eduardo Paes para pedir o fim da realização de grandes eventos ali, mas saíram contrariados. No encontro, o prefeito confirmou a realização do evento, prometendo modificações no planejamento da prefeitura.

Rio volta ao calendário do Red Bull Air Race em 2010.

Presente à reunião, a presidente da Associação de Amigos e Moradores de Botafogo (Amab), Regina Chiaradia, disse que Paes pretende fazer do Red Bull Air Race, “um divisor de águas” no que diz respeito a realização de eventos na Enseada de Botafogo.

“O prefeito assegurou que durante sua administração a Enseada de Botafogo não receberá mais eventos de grande porte. Admitiu erro em marcar a corrida aérea no Dia das Mães. Segundo Paes, a partir de agora, somente eventos que trazem retorno para a cidade serão autorizados e, mesmo assim, apenas no Aterro do Flamengo. Ficou acordado que eventos como o Dia D (realizado pela Igreja Universal do Reino de Deus no último dia 21) não devem acontecer outra vez”, afirmou ela. Ele prometeu, também, que antes de autorizar qualquer tipo de evento, consultará as associações de moradores – disse.

Feeling Eventos começa a montar a estrutura para a corrida aérea no Aterro do Flamengo (Foto: Custódio Coimbra).

Contrariados

Para o presidente da Associação de Moradores e Amigos do Cosme Velho, Pedro Eugênio Conti, a diversão de alguns não pode representar transtorno para outros.

“Todos têm direito ao entretenimento, mas o local não tem estacionamento, o que faz o trânsito ficar inviável. Pode ser bom para o turismo e para a cidade, mas nada justifica tirar o sossego e atrapalhar o descanso do cidadão comum,” afirmou.

A presidente da Associação de Moradores e Amigos da Urca (Amour), Celinéa Paradela Ferreira, lembrou que, em 2007, na primeira edição da corrida aérea no Rio, os transtornos foram grandes.

“Naquela ocasião, a pista de de corrida Cláudio Coutinho foi invadida por espectadores. A quantidade de lixo deixada e os danos foram assustadores. Além do mais, dia 09/05 será Dia das Mães, quando as pessoas saem para passear e o trânsito já é confuso.

Embora a Prefeitura do Rio tenha divulgado seu plano de ação para os dias da corrida, o evento continua embargado. De acordo com o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Carlos Fernando Andrade, os organizadores ainda não atenderam às exigências do órgão.

“Eles assinaram um termo de responsabilidade padrão, mas também fizemos exigências como o controle do público, que não deve ficar nos gramados. Contudo, ainda não apresentaram o novo projeto e nem começaram a retirada dos tapumes.

Na Câmara, projeto contra megaeventos se arrasta

Devido à polêmica causada pela realização do evento religioso no feriado de Tiradentes, e por conta do embargo feito pela superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Rio, a vereadora Teresa Bergher (PSDB) solicitou, na terça-feira (27/04), urgência à mesa diretora da Casa para votar o Projeto de Lei nº 806/2006, de sua autoria, que proíbe a realização de eventos na orla, no Aterro do Flamengo e na praia de Botafogo. A proposta está parada na Comissão de Meio Ambiente da Câmara, desde maio de 2009.

Contudo, a parlamentar não acredita que o projeto seja votado a tempo de impedir a realização do Red Bull Air Race.

“A Câmara está fazendo pouquíssimas votações, não está havendo quorum. E, por mais que o projeto seja votado a tempo, como o prefeito Eduardo Paes quer que o evento aconteça, ele não o sancionará, já que, se a proposta for aprovada, ele teria 15 dias para fazer isso”, disse ela.

De acordo com a vereadora, que mora no Flamengo, o projeto de lei tem como objetivo evitar que se repitam os problemas de tráfego, segurança e depredação ambiental que ocorrem na região durante a realização de grandes eventos. Para ela, atrações abertas ao público são “imprevisíveis”

“A realização de shows nestas áreas além de provocar transtornos aos moradores, causam engarrafamentos, destroem o mobiliário urbano e aumentam o número de assaltos na região”, disse ela, referindo-se ao último dia 21/04, denominado “Dia D”.  “Todo o Rio de Janeiro ficou um caos, não é possível continuar com isso. Até aqui na Câmara enfrentamos problemas quando fazemos eventos abertos à população. Às vezes, o público pode superar a estimativa”, completou a parlamentar.

Piloto brasileiro não voará no Rio

Após avaliação do Diretor Médico do Red Bull Air Race World Championship, Dr. Helmut Haunstein, o Comitê do the Red Bull Air Race anunciou nessa quarta-feira (28/4) que o piloto brasileiro Adilson Kindlemann retornará ao mundial de corrida aérea a partir da temporada europeia.
O processo de retorno de Adilson levará aproximadamente três meses, afim de permitir a aquisição e preparo de um novo avião por parte do Team Kindlemann, além de outras exigências do Diretor Médico após o acidente em Perth.

Depois do acidente em Perth, Adilson não participa de evento no Rio.

Fonte: Caio de Menezes/Jornal do Brasil.