Experiência de Marca

Mercado varejista não está preparado para atender pessoas com deficiência

88% dos entrevistados afirmam que as lojas não oferecem estruturas preparadas para o atendimento.

Nessa segunda-feira (21/09), é comemorado o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência. Segundo pesquisa realizada pelo Grupo Croma que investigou como as marcas estão lidando com os temas “longevidade” e “diversidade”de orientação sexual, gênero, etnia e pessoas com deficiência, revelou que 88% das pessoas ouvidas concordam que as lojas brasileiras não oferecem estruturas preparadas para atender pessoas com deficiência e 70% afirmam que o atendimento de vendedores e call centers ainda oferece um serviço inadequado para esse público.

O levantamento, que ouviu mais de 1.814 pessoas em todo o Brasil, também mapeou quais são as principais reivindicações das pessoas com deficiência. 

Leia também: Disney cria linha de fantasias adaptadas para cadeirantes.

70% dos participantes consideram como tema prioritário o planejamento das lojas para atender esse público, e, em segundo lugar, aparece na lista de prioridades o lançamento de produtos e serviços (65%), seguido por propagandas (62%) e contratação de pessoas que representem o público PCDs (55%).

“Infelizmente a sociedade tende a estigmatizar as pessoas com deficiência física no contexto social, econômico e de consumo. Seus desejos são dificilmente atendidos porque a maioria das empresas não enxerga esse mercado como potencial. Falta empatia e poucas marcas põem em prática ações inclusivas para esse público. Para 62%, as empresas ainda têm grande preconceito na contratação de pessoas com deficiência.”, explica Edmar Bulla, CEO do Grupo Croma 

Apesar de o Brasil ter leis que orientam como lidar com a questão no país, as pessoas com deficiência física enfrentam preconceito

De acordo com o Oldiversity, 7% dos participantes ainda acham estranho serem atendidos por pessoas com deficiência. Atualmente, poucas marcas realmente adotaram uma postura Oldiversity, seja por meio de seus produtos e serviços ou da sua comunicação.

“Essa prática é fundamental para uma sociedade mais justa, as marcas também ganham, 53% acreditam que elas deveriam ter propagandas específicas para pessoas com deficiência e 59% que produtos e serviços deveriam ser desenvolvidos para esse público.”, finaliza Bulla.