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Maringá perde eventos por falta de centro de convenções

A construção de um local com amplo estacionamento, acessibilidade, salas de apoio e salão central modulado é a bandeira do Convention & Visitors Bureau.

Maringá (PR) conta com 11 instituições de Ensino Superior, ampla rede de clínicas e hospitais, mais de 40 mil embarques e desembarques mensais no aeroporto, boa malha rodoviária e rede hoteleira. São atributos que deveriam atrair maior número de palestras, congressos e seminários para a cidade, mas um problema barra a chegada de mais eventos: a falta de um centro de convenções.

A construção de um local com amplo estacionamento, acessibilidade, salas de apoio e salão central modulado é a bandeira do Convention & Visitors Bureau.

A boa infraestrutura do Estádio Willie Davids faz com que Maringá consiga captar eventos esportivos.

“Maringá conta hoje com salões de eventos, mas não tem o mais importante, que é um centro de convenções”, diz o presidente da entidade, Fernando Rezende. A falta de um local adequado para abrigar grandes eventos técnicos e científicos fez Maringá perder dois importantes congressos neste ano, ambos na área médica: o Congresso Sul-Americano de Nefrologia, que reuniria 1,5 mil profissionais, e o 37º Congresso Paranaense de Cardiologia, com previsão de 800 participantes. Foram transferidos para Londrina (PR).

Rezende explica que o fato de a cidade não contar com um centro de convenções pesa na escolha dos organizadores de grandes simpósios. “Eles procuram baixo custo de hotelaria, boa malha aérea e rodoviária”, cita. “Maringá tem tudo isso, mas falta o principal, que é o local para vai abrigar o evento.”

Na disputa por grandes eventos, Maringá concorre com dezenas de municípios do mesmo porte, como Poços de Caldas (MG), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Campo Grande (MS), Ribeirão Preto (SP) e Campinas (SP).

A cada evento perdido para a concorrência, a cidade deixa de arrecadar impostos e gerar divisas. Para se ter uma ideia, um único evento movimenta 52 atividades econômicas – transporte, hotéis, restaurantes, bares, casas noturnas, floriculturas, empresas de audiovisual, agências de viagens, companhias aéreas e bufês.

A discussão sobre a falta de local adequado para grandes eventos em Maringá voltou à pauta depois dos transtornos enfrentados pelo público que foi à palestra do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, há 12 dias.

O evento começou com duas horas e meia de atraso porque os participantes não conseguiram chegar na hora marcada. Eles enfrentaram congestionamento e falta de vagas para estacionar.

“Ter um centro de convenções adequado é um diferencial para uma cidade”, comenta o presidente do Conselho Municipal de Turismo, Rony Guimarães. “Se tivéssemos um local desses em Maringá iríamos captar eventos que nunca imaginaríamos ter.”

Pesquisas do setor mostram que o turista que chega na cidade para participar de um evento gasta três vezes mais que um turista em busca de lazer. Sem um centro de convenções adequado para grandes palestras e congressos, a saída encontrada pelo Convention foi buscar eventos na área esportiva em função da estrutura da Vila Olímpica.

O complexo é formado por velódromo, pista de atletismo do Estádio Willie Davids, ginásio de esportes, quadras de areia e piscinas e é elogiado por atletas e tido como referência para os municípios.

Fonte: odiario.com