Experiência de Marca

Jovem amazonense concorre a prêmio da Fundação Abrinq

Ganhador da primeira edição, com a história em quadrinhos “Destruindo Vihlões”, com a sigla HIV ao contrário, Marcel de Almeida Siqueira concorre novamente ao prêmio este ano, desta vez na categoria Amadurecimento.

O olhar cuidadoso para as crianças portadoras de HIV da Casa Vhida levou o estudante de Engenharia Elétrica da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Marcel de Almeida Siqueira, 19 anos de idade, a se inscrever ano passado na primeira edição do Prêmio Jovem Amigo da Ciência, da Fundação Abrinq pelos Direitos das Crianças.

Ganhador da primeira edição, com a história em quadrinhos “Destruindo Vihlões” concorre novamente ao prêmio este ano, desta vez na categoria Amadurecimento.

O projeto “Uma boa história é uma história bem contada” traz a história em quadrinhos “Destruindo Vihlões” que tem a sigla HIV inversa, e é a única referência ao vírus presente na revista destinada a crianças de sete a 12 anos de idade que narra a história do menino Pedrinho.

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Após troca de experiências com pessoas que trabalham há décadas na Casa Vhida, associação de apoio à criança com HIV onde a mãe dele, Cristina Siqueira é professora, Marcel, inspirado em Maurício de Souza, autor de história de Cascão, personagem que não gosta de tomar banho, e criou um personagem que não gosta de tomar remédio para falar da importância da medicação contra doença, cuja sigla nem aparece na história, porque muitas crianças não sabem serem portadoras do vírus da Aids.

Interesse

Ao pesquisar a literatura científica, Marcel descobriu que 90% das crianças gostam de ler uma história que se encaixe no cotidiano dela, por isso fez o personagem Pedrinho, que tem que tomar pílulas todos os dias.

Nos desenhos, criados pela amiga Kiara, mostra o que acontece dentro do corpo, cujos vilões precisam ser aprisionados pelo medicamento para estimular os pequenos a ingerir os remédios. Para ele, que sempre gostou de feira de ciência, levar a revista com todo programa de intervenção, com palestras, teatro para outras cidades e fazer funcionar como aqui tem acontecido, será um grande momento.

Após distribuição de exemplares da revista para um grupo de 50 crianças e para outro, também de 50, foi feito um grupo de controle, no qual essas não tiveram acesso ao exemplar, houve a constatação de que as crianças que tiveram acesso à revista reagiram com mais aceitação aos coquetéis.

“Isso é muito importante por demonstrar que a história funciona, inspirando as crianças”, disse ele, que com o dinheiro recebido do prêmio, pretende distribuir mais mil cópias da revista em quadrinhos. E mais, com os olhos para outros continentes, Marcel tem projeto para traduzir para inglês, já garantido, e também para o francês, pois ele sonha em levar o desenho até a África, local onde a doença é disseminada e seria de grande interesse e necessidade.

Fonte: A Crítica.