Experiência de Marca

Injeção para viralização - por Igor Romeu

Muitas vezes, quando alguém ou alguma marca coloca um vídeo no YouTube, quer que o vídeo vire um viral, mas sinto informar que nem sempre isso é tão simples.

Igor Irineu*

Muitas vezes, quando alguém ou alguma marca coloca um vídeo no YouTube, quer que o vídeo vire um viral, mas sinto informar que nem sempre isso é tão simples.

Um vídeo viral tem vida própria. Ele cai na rede e é visto e repassado por milhares de pessoas, faz sucesso, vira meme, vira hit, todo mundo comenta sobre, aparece na TV, mas enfim, como fazer um vídeo se “viralizar”?

Para começar é preciso saber que qualquer um pode fazer um vídeo e disponibilizar na rede, qualquer um pode produzir conteúdo (relevante ou não). Deste modo, começamos a ver na tela pessoas comuns, que não saíam em capa de revistas ou estavam nas novelas, fazendo sucesso, como a Stefhany do Cross Fox.

Antes da criação da mídia eletrônica, as pessoas tinham como referência o sobrenatural, o que era criado pela mente do homem; com a criação do rádio e da TV a mídia criou o irreal, um ideal que foi imposto. Agora com a web, a vida real chamou a atenção do público e as pessoas começaram a poder se ver na tela, identificar a realidade, o real, ver o Charlie mordendo o dedo do irmão (mais uma vez).

A vida real é representada na tela por produções caseiras, feitas em ambientes comuns, editadas no computador pessoal, uma estética simples.

E essa estética sem refinamento dita os virais. Por isso, quando uma marca quer fazer um viral ela filma uma ação real, que ocorreu com pessoas reais – sem personagens – e faz uma produção simples. Para um vídeo profissional parecer amador, com estética de viral, acaba sendo uma produção, para não ocorrer o risco de queimar uma marca.

Como disse Rosana Hermann @rosana: “Os mouses clicam pela ressonância, clicamos naquilo que ressoa em nós”, ou seja, clicamos quando de algum modo aquilo mexe conosco. Diferente da TV, na web nós selecionamos a programação, vemos apenas o que queremos e podemos escolher não terminar de ver tal vídeo e partir para o próximo.

Então o que atrai os internautas para que um vídeo se “viralize”?

As pessoas são atraídas pelo que as revela, o que as tocam, o que as reflete na tela, quando se cria uma identificação com o receptor; cria atração também algo que intriga, que instiga, nesse caso uma chamada de suspense, que cria curiosidade pelo conteúdo atrai muitas visualizações.

E as pessoas atraem-se pelo que é moda, o que é onda, todos querem estar ao menos por dentro da moda. Se Luisa Marilac está tocando como DJ na balada todos querem ao menos saber de onde surgiu essa pessoa, mesmo que não goste, se não alguém vira e fala “Você nunca viu o vídeo dela?”, e você acaba se sentindo a pessoa mais desinformada do universo e da redondeza.

Portanto, quando chegar um briefing no qual o cliente peça que na campanha surja um vídeo viral, nós mandamos ele rezar? Também não. Há fatores que ajudam um vídeo a se “viralizar”. O Mashable divulgou um infográfico com dados que servem para dar aquele “empurrãozinho” na viralização.

Deste infográfico tiramos algumas conclusões:

– Quanto menor o vídeo, maior a chance de “viralizar”.

– O Facebook é o principal meio de divulgar vídeos para que seus amigos vejam, e esses compartilham para os amigos deles, que compartilham e por aí vai.

– Vídeos de companhias de bens de consumo são mais visualizados.

– 57% dos impactados são mulheres de 18 a 34 anos de idade.

* Igor Romeu é diretor de arte da B2, agência especializada em marketing e eventos para o público jovem.