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Imagem dos grupos de comunicação gaúchos está abalada

A disciplina de "Gestão da Imagem e Reputação" da pós-graduação em Comunicação da UniRitter rendeu aos acadêmicos a oportunidade de realizar uma pesquisa quantitativa, que analisou os grupos de comunicação gaúchos.

A disciplina de “Gestão da Imagem e Reputação” da pós-graduação em Comunicação da UniRitter rendeu aos acadêmicos a oportunidade de realizar uma pesquisa quantitativa, que analisou os grupos de comunicação gaúchos.

Conforme os dados do levantamento on-line, que resultou em uma amostra de 626 entrevistados, a imagem da imprensa no Estado está abalada. Os acadêmicos optaram por analisar Bandeirantes, RBS, Record e Pampa por serem grupos que contemplam o jornal, rádio e TV.

De acordo com os dados registrados, os questionamentos são apresentados em relação à imagem dos veículos da Capital, enquanto são pequenas as críticas quanto à sua qualidade técnica. É possível identificar na pesquisa, por exemplo, que a confiança dos gaúchos na mídia está baixa, considerando que nenhum deles tem confiança total do seu público.

Outros aspectos apontados pelo estudo dão conta também da isenção percebida nas notícias e revelam que 70% dos entrevistados não acreditam que os grupos sejam isentos.

“Esta informação não seria preocupante se, a exemplo de outros países, os veículos tivessem uma linha ideológica clara, manifestada abertamente em seus editorais. No Brasil, porém, onde todos se dizem perseguidores da verdade, esse percentual é preocupante, pois transmite a ideia de falta de transparência, senão falta de ética dos grupos de comunicação”, analisa o professor do curso Luiz Eduardo Amaro.

A pesquisa também destaca que a maioria dos entrevistados não se sente representada por nenhum grupo (76%), e, segundo Amaro, talvez por isso a maioria dos respondentes (52%) esteja “se bandeando para a internet, supostamente mais isenta e mais democrática”.

Para o professor, um dos dados mais preocupantes é que 72% reconhecem que as notícias divulgadas na mídia influenciam, em algum grau (56% parcialmente e 16% totalmente), a opinião dos gaúchos. “Ou seja, para a amostra, boa parte dos gaúchos é influenciada por veículos que escondem seus verdadeiros interesses”, analisa Amaro.

Na visão da jornalista Beti Sefrin, aluna do curso de pós-graduação, a pesquisa não é pretensiosa, mas aponta para várias questões de imagem, que podem refletir na reputação dos grupos de comunicação gaúchos.

“Neste estudo, encontram-se dados positivos, alertas, e, principalmente, oportunidades, se bem observados. É uma pesquisa que pode gerar muitas outras para aprofundar questões dos grupos de comunicação do nosso Estado”, defende.