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Hotelaria: como fica o setor depois da Copa de 14?

Às vésperas de sediar um dos mais importantes eventos esportivos do mundo, a Copa de 14, o Brasil demonstra falta de planejamento e indecisão no destino de investimentos.

Às vésperas de sediar um dos mais importantes eventos esportivos do mundo, a Copa de 2014, o Brasil demonstra falta de planejamento e indecisão no destino de investimentos. O parque hoteleiro nacional, segundo estimativa da consultoria Ernst & Young, deverá receber R$ 3,16 bilhões até 2014. Mesmo assim, poderão faltar 62.400 quartos de hotel no País.

Para Julio Serson, vice-presidente de Relações Institucionais do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) e presidente do Grupo Serson, é preciso cautela antes de construir hoteis exclusivamente para atender o fluxo maior de turistas em decorrência da Copa do Mundo. “Empresários do setor hoteleiro não têm interesse em construir novas acomodações visando apenas a realização de uma competição esportiva no Brasil, cuja duração será de 34 dias”, explica Serson.

O empresário alerta para a possibilidade de haver oferta maior do que a demanda no pós-Copa, o que seria um fator de risco para o setor. “A Copa dará ao Brasil maior visibilidade como destino turístico, mas é preciso cuidado com novos investimentos. A hotelaria é cíclica.”

  • Placar da hotelaria

Estudo feito pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), com apoio do Senac São Paulo, chamado Placar da Hotelaria, tem o objetivo de mensurar o risco de superoferta hoteleira nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. No último levantamento (vide quadro abaixo), quatro cidades estão mais propensas a ter superoferta de leitos: Belo Horizonte (MG); Cuibá (MT); Manaus (AM) e Salvador (BA).