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História da dança do Pará ganha livro

Toda a teoria acadêmica de Gisele Moreira foi reproduzida em textos coloquiais na publicação. Seu passeio pelo modo como os bailarinos, tanto os clássicos quanto os “transgressores”, levaram seus conhecimentos para as salas de dança na cidade.

A professora de dança e bailarina Giselle Moreira lançou o livro “Classicistas e Transgressores – A história da dança em Belém do Pará”, no dia 14 de agosto.

O livro retrata duas vertentes da dança na cidade, no período de 1950 a 1990, e seu lançamento foi realizado às 19h no anfiteatro do Instituto de Artes do Pará, com apresentação de espetáculos da Ballare Companhia de Dança e da Companhia Moderno de Dança. A entrada foi franca.

Com pesquisas sobre a história da dança em Belém do Pará realizadas há 19 anos, o livro é resultado da tese de doutorado da bailarina e pesquisadora Giselle Moreira e traz um recorte histórico do período de 1950 a 1990.

livroToda a teoria acadêmica da bailarina foi reproduzida em textos coloquiais na publicação. Seu passeio pelo modo como os bailarinos, tanto os clássicos quanto os “transgressores”, levaram seus conhecimentos para as salas de dança na cidade, é o que move as páginas da obra.

Giselle explica que a necessidade da publicação do livro veio a partir de uma inquietação particular, em relação às origens do movimento da dança em Belém: “Fiquei muito inquieta em relação ás origens da dança na região e de quem disseminou ela aos demais”. Durante a pesquisa, a doutora afirma que descobriu vários movimentos dentro da dança na cidade, porém dedicou-se a falar somente sobre duas vertentes: classicistas e os transgressores.

O livro inclui ainda entrevistas com profissionais de destaque na dança no Estado. Vera Torres, Clara Pinto, Eni Corrêa e Teka Sallé, são alguns destes nomes. De acordo com Giselle, em seus depoimentos, as bailarinas relatam aspectos sobre os trabalhos desenvolvidos em sala de aula, além de um apanhado sobre os espetáculos nas épocas.

A expectativa de Giselle é que o livro possa alcançar, sobretudo, os apreciadores da dança, das artes e da cultura em geral. “É um livro que não trata somente da dança, mas também sobre a abordagem histórica da época. É um registro de memória da cidade.”, conclui.