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Governo busca evitar ‘elefantes brancos'

A proposta mais viável em estudo será fechar parcerias com a iniciativa privada para afastar o efeito 'elefante branco' nas arenas esportivas.

O governo admitiu na última semana, que os modernos estádios que estão sendo construídos podem ficar subutilizados depois da Copa do Mundo de 14 e já busca uma solução. A proposta mais viável em estudo será fechar parcerias com a iniciativa privada para afastar o efeito ‘elefante branco’ nas arenas esportivas.

“Não tem elefante na nossa fauna, nem essa cor”, brincou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em entrevista à imprensa estrangeira.

Aldo Rabelo (Foto: Justin Tallis/AFP).

Dos 12 estádios do Mundial, nove são públicos – seis dos quais estão sendo construídos por meio de PPPs (Parcerias Público-Privadas) – e três são privados: Beira-Rio, em Porto Alegre, Itaquerão, em São Paulo, e Arena da Baixada, em Curitiba.

O maior risco de ociosidade depois dos jogos está nas arenas de Manaus, Natal e Brasília, justamente pela ausência de clubes na primeira divisão do Campeonato Brasileiro.

Pelas regras da Fifa, os estádios serão multiuso e alguns vão contar também com centros de convenções, espaços para atividades culturais – como museus -, comércio e restaurantes. “Teremos muitas oportunidades”, salientou o ministro.

Interessados

O novo Maracanã, que terá capacidade para um público de 79 mil espectadores, é o estádio que desperta maior interesse do setor privado. O empresário Eike Batista tem manifestado interesse na exploração do local, mas Flamengo e Fluminense estudam também fazer proposta.

O governo informou que, em Recife, o estádio será assumido pelo Náutico. As arenas de Salvador e Natal também têm propostas de grupos empresariais.

Num modelo semelhante à modernização dos aeroportos, a intenção do Ministério do Esporte é atrair grupos empresariais tradicionais, como a AEG, que explora arenas esportivas na China, na Inglaterra e nos Estados Unidos.