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GOL faz primeiro voo comercial com biocombustíveis

Percorrendo o trajeto que liga São Paulo a Brasília, a aeronave teve 25% de seu tanque abastecido com combustível limpo, elaborado a partir do bagaço de cana de açúcar e de óleos residuais.

Uma das maiores companhias aéreas da América Latina, a GOL Linhas Aéreas Inteligentes realizou o primeiro voo comercial com biocombustíveis do Brasil na última quarta-feira (23/10).

Percorrendo o trajeto que liga São Paulo a Brasília, a aeronave teve 25% de seu tanque abastecido com combustível limpo, elaborado a partir do bagaço de cana de açúcar e de óleos residuais.

Depois de colocar no espaço aéreo brasileiro o primeiro avião cheio de passageiros movido a combustível verde, o objetivo da GOL é realizar outros 200 voos comerciais com biocombustíveis durante a Copa do Mundo, e dar início a uma rota diária em que os aviões sejam abastecidos com bioquerosene renovável.

GOL Linhas Aéreas Inteligentes realizou o primeiro voo comercial com biocombustíveis do Brasil (Foto: Marcelo Lobo da Silva).

O Boeing 737 percorreu cerca de 1.170 quilômetros, normalmente, num voo com tempo médio de duas horas, do Aeroporto de Congonhas, na Capital paulista, até o Aeroporto de Brasília. De acordo com a companhia aérea, o principal desafio é vencer o alto valor dos insumos sustentáveis, que chegam a custar até quatro vezes mais que a versão convencional.

“Os preços ainda são elevados. E precisamos ver como construir uma logística que garanta o fornecimento do biocombustível nos aeroportos”, declarou ao Valor Econômico o diretor técnico operacional da GOL, Pedro Scorza.

Voos experimentais com biocombustíveis já haviam sido realizados anteriormente no Brasil, organizados pela TAM e pela Azul, entretanto, nenhum deles carregava passageiros em seu interior.

Um dos incentivos para a produção de biocombustíveis é a meta ambiental a que o setor aéreo se comprometeu: até 2050, as companhias de aviação precisarão reduzir em 50% as emissões de gases efeito estufa em relação ao patamar de 2005. Atualmente, 2% das emissões de gás carbônico no mundo são registradas nas viagens de avião.

Fonte: Gabriel Felix/CicloVivo.