Experiência de Marca

<!--:pt-->'Gafes' podem barrar promoção <!--:-->

Ascensão profissional. Essas palavras motivam profissionais a buscarem novos desafios no mundo corporativo. Porém, ocupar aquele tão sonhado cargo dentro da empresa pode ser um sonho frustrado caso alguns excessos sejam cometidos.

Tauana Marin

Ascensão profissional. Essas palavras motivam profissionais a buscarem novos desafios no mundo corporativo. Porém, ocupar aquele tão sonhado cargo dentro da empresa pode ser um sonho frustrado caso alguns excessos sejam cometidos.

A especialista em comportamento corporativo e professora da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Daniela do Lago, explica que alguns profissionais se ‘autoboicotam” no processo de promoção por não terem noção sobre as posturas valorizadas em sua empresa.

No entanto, há ‘gafes” que são mal vistas por qualquer companhia. ‘Puxar o saco do chefe”, concordar com tudo o que é dito pelos colegas e chefia, viver fazendo hora extra e não ter o tal ‘jogo de cintura” na coordenação da equipe podem atrapalhar, e muito, qualquer promoção.

“O fato do colaborador ficar muitas horas dentro da empresa pode ser traduzido como falta de agilidade, enrolação. É preciso mostrar serviço. Horas a mais não querem dizer nada”, enfatizou a especialista.

Além disso, levar trabalho para casa, ao contrário do que se pensa, são sintomas de um funcionário contraproducente, incapaz de organizar o próprio tempo e executar suas atividades focado nos resultados.

Pensar que para conquistar o chefe é preciso concordar com todas as vírgulas que ele diz é um grande equívoco. “Não é necessário entrar sempre em conflito, gerar polêmicas, mas sim, ter senso crítico, opinião própria, mostrando sempre o problema e a solução que pode ser tomada”, explicou a especialista em comportamento corporativo.

Outro fator determinante é o relacionamento interpessoal. “Fazer contatos, ser gentil com os colegas, saber ouvir críticas e elogios são fundamentais para a autopromoção. No caso das pessoas tímidas é preciso fazer um esforço para não parecer antipático”, lembrou a professora da FGV.

Segundo ela, de nada vale o profissional ter capacidade técnica fantástica, experiência internacional ou MBA se a pessoa não tiver comportamento pessoal e interpessoal excelente, principalmente quando se fala em cargos de liderança.

Dados mostram que 80% das vagas são preenchidas por meio de indicações e apenas 20% por intermédio de ferramentas da internet, como o envio de currículos. “Ou seja, analisar currículos e formações ficou no passado. O que importa agora é o conjunto da obra, o olho no olho, o comportamento pessoal”, disse Daniela.

Pode-se concluir que a promoção depende muito do próprio esforço. É preciso mostrar que o perfil do trabalhador vai de encontro com a filosofia que a empresa segue.

A dica é ter planejamento, já que a ascensão profissional necessita de organização e comprometimento. “É preciso responder algumas perguntas básicas: que potenciais preciso desenvolver para ocupar o cargo que almejo? O que a minha empresa valoriza em um profissional? Que passos precisarei dar rumo a este objetivo? As respostas são facilmente colhidas na dinâmica da rotina de trabalho, requer apenas atenção para percebê-las”, completou Daniela.

Cuidados na hora de se vestir, escrever e falar

Além de todos os atributos que uma promoção necessita, o profissional precisa saber se vestir, se comunicar e escrever de forma clara.

“Para ocupar cargos ‘maiores’, de confiança, é preciso passar serenidade, sempre. Por isso, ser discreto e elegante no momento de se vestir ajuda no processo”, esclareceu a gerente executiva da Ricardo Xavier recursos humanos, Renata Perrone.

Saber se expressar por e-mails, comunicados e em reuniões faz toda a diferença, já que quase sempre, as pessoas precisam gerenciar muitos colaboradores e ideias diferentes. “São requisitos básicos para quem planeja alcançar novos desafios na carreira”, disse Renata.