Experiência de Marca

Fracassou primeira guerrilha na Copa

Um grupo de 36 jovens usando minissaias de cor laranja foi detido por algumas horas no Soccer City de Johannesburgo durante o jogo Holanda X Dinamarca por usar uma roupa alusiva à cerveja holandesa Bavaria, uma marca que não estava patrocinando a Copa do Mundo.

Um grupo de 36 jovens usando minissaias de cor laranja foi detido por algumas horas no Soccer City de Johannesburgo durante o jogo Holanda X Dinamarca por usar uma roupa alusiva à cerveja holandesa Bavaria, uma marca que não estava patrocinando a Copa do Mundo.

As jovens foram levadas para um escritório da Fifa onde foram interrogadas sobre sua vestimenta e para saber se trabalhavam para a Bavaria. Depois de três horas, foram liberadas.

A Fifa manifestou que as mulheres foram usadas como “instrumento para uma emboscada mercadológica”, apesar de as minissaias não terem o logotipo da cerveja. “Consultaremos nossos advogados para comprovar se essa ação constitui publicidade ilegal”, afirmou o porta-voz da Fifa, Nicolas Maingot.

A cerveja Budweiser é a patrocinadora oficial do Mundial e a única que pode ser divulgada nos estádios em que o torneio é disputado.

Demitido comentarista por causa das mulheres de minissaia

A rede de televisão britânica ITV demitiu no dia 15/06, o ex-jogador e comentarista Robbie Earle por conta da “invasão” de 36 holandesas de minissaia durante o jogo entre Holanda e Dinamarca, no dia 14/06, no Estádio Soccer City. As mulheres foram contratadas por uma cerveja holandesa (Bavaria), para uma ação de marketing de guerrilha. Depois de uma investigação, a Fifa descobriu que Earle havia fornecido ingressos para o time de “moçoilas”.

Robbie Earle é tido como o pivô desta ação de guerrilha que não deu certo.

“As investigações mostraram que alguns ingressos da ITV foram usados de forma imprópria em Holanda x Dinamarca. Uma averiguação mais profunda mostrou que um número substancial de ingressos alocados para Robbie Earle foram usados por uma terceira entidade, quebrando as regras da Fifa”, disse a empresa em um comunicado.

Os ingressos acabaram caindo nas mãos de uma agência sul-africana de marketing, que concebeu a ação “promocional”. As regras da Fifa permitem o repasse de ingressos para familiares e amigos – mas não revenda ou cessão para terceiros. Earle, que se destacou no Wimbledon e jogou pela Jamaica na Copa do Mundo de 1998, se defendeu:

“Não tive ligação com essa agência e não ganhei nada com esses ingressos. Me chamem de ingênuo mas não achei que estava fazendo nada errado. Espero que as pessoas entendam meu lado ao ouvir a história completa.”

Segundo a Fifa, as 36 mulheres são parte de um anúncio famoso na Holanda – e seriam associadas à cervejaria em questão. Um porta-voz da entidade foi mais longe:

“Marketing de guerrilha é crime na África do Sul e é proibido em partidas da Copa do Mundo pelo código de conduta dos estádios. As autoridades locais estão investigando e a Fifa pensa em ações legais contra os autores.”

O porta-voz negou que as mulheres tenham sido maltradadas ou detidas, como informou a imprensa sul-africana.