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Fenapaf entra na Justiça contra a Fifa

A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) entrou no dia 19/05, com uma ação judicial contra a Fifa cobrando a mudança de horário de partidas da Copa do Mundo deste ano marcadas para começar no início da tarde em algumas cidades-sede.

A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) entrou no dia 19/05, com uma ação judicial contra a Fifa cobrando a mudança de horário de partidas da Copa do Mundo deste ano marcadas para começar no início da tarde em algumas cidades-sede, informou a entidade que representa os jogadores do Brasil.

De acordo com a Fenapaf, que é filiada ao sindicato internacional dos jogadores (Fifpro), um estudo encomendado pela entidade brasileira aponta graves riscos à saúde em decorrência do calor nas partidas iniciadas às 13h e às 15h nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

A tabela da Copa do Mundo, que vai de 12/06 a 13/07, tem 12 partidas com início marcado para as 13h nessas regiões, incluindo Itália x Uruguai em Natal, Estados Unidos x Alemanha em Recife e Alemanha e Portugal em Salvador.

Foto: UOL.
Candreva tenta se refrescar no forte calor de Fortaleza durante a Copa das Confederações em 2013.
Candreva tenta se refrescar no forte calor de Fortaleza durante a Copa das Confederações em 2013.

 

Ainda que o Mundial seja realizado durante o inverno, a temperatura máxima média em Salvador, por exemplo, no mês de junho chega a 27 graus centígrados, de acordo com o site Climatempo.

A Fenapaf confirmou por e-mail à Reuters que entrou com a ação no dia 19/05, solicitando a mudança dos horários das partidas, mas não informou detalhes sobre o caso.

Ao apresentar na semana passada um estudo que a entidade realizou no mês de julho do ano passado sobre o impacto para os jogadores ao disputar partidas no início da tarde nos locais citados, o advogado da associação disse que a questão representa um problema trabalhista.

“A Justiça Brasileira tem plena condição de obrigar a Fifa a alterar os horários desses jogos, pois se trata de um problema trabalhista que deve ser resolvido nesse âmbito. A Constituição Brasileira não permite que um trabalhador corra risco em sua atividade”, disse o advogado Eduardo Novaes, em nota da Fenapaf.

Fonte: http://espn.uol.com.br