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Feira mostra que o setor naval brasileiro está em baixa

A maior feira do setor naval no mundo, a SMM, em Hamburgo, na Alemanha, chegou ao fim no dia 12 de setembro marcada pelo desestímulo do mercado mundial em investir no setor naval brasileiro.

A maior feira do setor naval no mundo, a SMM, em Hamburgo, na Alemanha, chegou ao fim no dia 12 de setembro marcada pelo desestímulo do mercado mundial em investir no setor naval brasileiro.

Os principais problemas apontados giram em torno da complexidade de impostos que atrasam o segmento no País.

Com cerca de dez mil pessoas circulando pelos pavilhões a cada dia, a feira de negócios reuniu todas as vertentes da indústria naval, incluindo desde armadores, operadores logísticos, estaleiros e fabricantes de motores, até fornecedores de diversos tipos de equipamentos complementares do setor.

Foto: Divulgação.
O engenheiro Marcio Buzzani, diretor da Clever, foi um dos poucos brasileiros que participaram da feira de negócios.
O engenheiro Marcio Buzzani, diretor da Clever, foi um dos poucos brasileiros que participaram da feira de negócios.

Questionadas durante o evento, todas as empresas fabricantes de motores de propulsão disseram que, apesar dos anúncios do mercado brasileiro de que iria construir navios e barcos de apoio no País, não existem condições tributárias e de competitividade para a instalação ou o licenciamento de fábricas de motores de grande potência no Brasil.

Enquanto isso, a empresa MAN, gigante do setor, formalizou no evento sua 12ª licença de fabricação na China, com o grupo Dalian Marine Diesel.

Poucos brasileiros estiveram na feira, representando empresas como a Clever e a Roxtec, e o sentimento geral era o de que o mercado internacional ainda não vê os estímulos necessários do Brasil para atrair mais investimentos ao segmento naval.

O engenheiro Marcio Buzzani, diretor da Clever, que tem se destacado na indústria naval e offshore brasileira, foi um dos que ressaltou essa visão do mercado externo: “Talvez estes sejam os motivos que levam cada vez mais empresas brasileiras a construírem navios, cascos e plataformas no competitivo mercado asiático.”