Os brasileiros que participaram da Big 5, feira da construção que terminou no dia 28/11, em Dubai, fizeram um balanço positivo dos quatro dias do evento. A mostra gerou negócios e expectativas firmes com clientes que vão receber amostras e preços nas próximas semanas.
Para Abdulla Rahman, gerente assistente de vendas da Tramontina, de pias e cubas, a feira “Foi muito boa, melhor que no ano passado”. O executivo afirma que o estande da empresa teve um grande número de visitantes. “Há expectativas de negócios com a Arábia Saudita, Bahrein e Catar”, afirma.
Valdinei da Rocha, da Universo Tintas, conta que está negociando com um distribuidor da Argélia. Segundo ele, o cliente árabe ficou interessado em comprar massa corrida em saco valvulado.
A embalagem mais simples, diz, torna o produto 30% mais barato em relação ao vendido em embalagem tradicional. “A feira é fantástica”, elogiou. A empresa sai da Big 5 com outras quatro vendas em negociação para compradores da Arábia Saudita, Nigéria, Dubai e Abu Dhabi, além de 70 contatos de 22 países.
Maxwell Viquietti Alcântara, CEO da Pettrus, de Rochas Ornamentais, explica que desde agosto deste ano a empresa mantém um distribuidor em Dubai e que há dois pedidos em negociação, feitos na feira, que serão tratados pelo representante da companhia no emirado.
“Temos grande interesse neste mercado”, destacou o empresário. Este foi o segundo ano em que a Pettrus participou do evento, e, segundo Alcântara, a indústria quer estar presente também em 2014.
Dylan Goes, gerente de Exportação da BCF, de produtos de PVC, conta que vai visitar a fábrica de um cliente. O possível comprador tem interesse em comprar e revender as portas sanfonadas da indústria paulistana. Goes está encaminhando outro negócio a partir da feira, com um cliente do Egito.
O importador tem sete lojas e quer importar divisórias hospitalares sanfonadas. “Tivemos uma recepção muito positiva e fizemos muitos contatos”, destacou o executivo da companhia, que participou pela primeira vez da Big 5.
Fernanda Manara, gestora de projetos da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), destaca a avaliação positiva que recebeu das companhias brasileiras.
“É importante para as empresas estar na feira e manter o relacionamento com o cliente, principalmente os árabes, que valorizam isso”, lembra. “O Brasil já tem uma marca muito forte na feira por participar há muitos anos”, ressalta. “A tendência é voltarmos com mais empresas”, completa.
Para Michel Alaby, diretor-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, “Não há dúvidas de que a feira foi positiva”. O pavilhão brasileiro na Big 5 foi organizado em parceria pela Câmara Árabe e a Apex.
“As empresas brasileiras que participaram sentiram o potencial [de vendas na região] e a Expo 2020 renova as esperanças de mais negócios”, avalia. Dubai foi a cidade escolhida para sediar a Exposição Universal de 2020.
