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Exposição fotográfica inédita chega a Curitiba

A Caixa Cultural Curitiba apresenta a mostra Veias, que reúne, pela primeira vez, a obra do sueco Anders Petersen e do dinamarquês Jacob Aue Sobol, dois grandes nomes da fotografia internacional.  

A Caixa Cultural Curitiba apresenta a mostra Veias, que reúne, pela primeira vez, a obra do sueco Anders Petersen e do dinamarquês Jacob Aue Sobol, dois grandes nomes da fotografia internacional. Inédita no Brasil, a exposição abre em 9 de junho, com 165 imagens, e permanece em cartaz até 12 de julho.

Revelando tanto personagens quanto a si mesmos, os artistas eternizam, em imagens, momentos que destacam sentimentos extremos e retratam a manifestação do amor. O Instituto Cultural da Dinamarca organizou a estreia deste projeto na Letônia.

Foto: Anders Petersen.

mostraveiasDepois, a mostra passou por Rússia e China antes de chegar a Curitiba, cidade onde começa sua itinerância pelo Brasil. No dia da abertura, às 19h, será realizada uma visita guiada com a presença do curador da mostra, o sueco Imants Gross.

Anders Petersen (1944) é uma lenda da fotografia. Ele é conhecido pela capacidade de criar intimidade com as pessoas fotografadas, gente desconhecida que ganha um ar distinto. “As coisas que eu faço são uma espécie de fotografia documental privada. Esse é o verdadeiro desafio: estar presente, mas manter a distância.”, explica o sueco.

O fotógrafo Jacob Aue Sobol (1976), por sua vez, usa a câmera como uma ferramenta a fim de criar o contato, a proximidade e a intimidade com pessoas e lugares aleatórios, mesmo que apenas por um curto período de tempo.

Foto: Jacob Aue Sobol.

mostraveias1Sobol compara o ofício de tirar fotos ao do caçador: “A relação que os caçadores estabelecem com a natureza ao seu redor é muito importante. É preciso estar interligado ao todo. Este sentimento tem deixado um grande impacto na minha vida e no trabalho.”

Do Voyeurismo ao Amor

Petersen e Sobol vêm da mesma escola, que usa a tradição da fotografia documental como ponto de partida para a foto de arte. Para este trabalho conjunto, eles criaram um conceito artesanal, feito um diário, um documentário pessoal. Suas reflexões são muito pessoais sobre a vida, as pessoas, a forma com que elas se encontram e o mundo de hoje.

As suas preocupações são as de observar muitas vezes o terrível, o compulsivo, o incontrolável e o sentimento de autodestruição que mora dentro de todos nós. Ambos são grandes fotógrafos do amor em suas muitas manifestações diferentes.

A reação do público é importante porque o trabalho de ambos é nervoso e investiga locais em que alguns podem vê-los como intrusos ou voyeurs. Do ponto de vista de Petersen e Sobol, há uma compulsão em fotografar pessoas no limite da sanidade, nas bordas da sociedade.

Pode-se dizer que eles registram a sociedade à margem, uma forma de se identificar com os seus problemas. Em suas imagens, eles se tornam tão nus como aqueles que fotografaram, transmitindo este sentimento para o público.