Experiência de Marca

Essa brincadeira tá ficando chata!

Em seu artigo de hoje Tony Coelho comenta as dificuldades encontradas no dia a dia de criativos e produtores que procuram realizar ações de live marketing com qualidade.

Fazer Comunicação no Brasil tá ficando cada dia mais difícil.

Não bastassem os palhaços com seta, espalhados pelas ruas do Brasil, numa demonstração de que tem cliente de circo; a insistência nos folhetos de rua que nada dizem, cada um mais horrível que o outro; os estandes e eventos customizados pelos clientes à base do mobiliário da própria empresa (leva minha TV, meus bancos, meus puffs, meus computadores etc), numa economia burra que economiza, também, o valor de sua marca e fatalmente trará problemas inimagináveis, isso tudo por conta da pressão esdrúxula de compras e suprimentos….

Ah, tem os profissionais júniores da empáfia, os medrosos, os antiéticos, os maldosos e os despreparados, tanto do lado do cliente quanto do nosso, as Agências de fundo de quintal que ficam, hoje, em salas de prédios, onde os fantasmas atendem telefone e elas, as Agências, atendem clientes de nome – isso porque, pra poupar e enxugar, elas são as melhores mesmo. Enxugam tanto que, às vezes, algumas desaparecem como líquido (e valor) enxugado e deixam a ver navios seus cúmplices de enxugamento. Que também passam feito água pelas empresas porque estão, não são elas. Dane-se a empresa!…

Tem também as Agências que dizem fazer tudo e aprendem que não fazem nada quando o cliente também percebe isso, na ação e no evento, sujando nome de produtores e criativos de verdade, por conta de suas mentiras. Tem as que não pagam o combinado aos profissionais e fornecedores, as que não pagam nada, absolutamente nada mesmo, e tem as que até pagam o cliente??? Eu hein!…

Tem os comunicadores da antiga, os viciados no passado, que insistem na Comunicação morta, nas ideias repetidas, nas fórmulas ineficientes e defasadas, aquelas que geram os tijolinhos que não vendem, os eventos repetidos, sabe? Os executores do nada de novo. É, mas tem também os que se acham vanguardistas e inventam, do nada, a comunicação dos termos em inglês, que eles adoram pra mostrar sabedoria, e que tanto deixam clientes inadvertidos de boca aberta, como os estudantes que nada leem, nada entendem, eufóricos…

E tem, claro, as Universidades que formam esse estudantes e que apresentam-lhes, os tais termos em inglês, em aulas dos filósofos da academia ou em Palestras dos vanguardistas, cheias de “benchmarking”, “advertising”, “top of mind”, “broadside”, crowdfunding”, “cross sampling” etc, sem sacar que o seu “deadline” já chegou. Eles, os alunos ficam nos nomes em inglês, vidrados, mas não conseguem ler um livro em Português do De Simone, do Gilberto Strunk, do Jorge Maranhão, do Lula Vieira, ou mesmo ler um artigo da Elza Tsumori, do Oliva ou, quem sabe, assistir a uma palestra do João Riva, do Kito Mansano ou da Marcia Wolf, gente direta, pa-pum porque quem sabe faz ao vivo e não se esconde nos termos que floreiam, mas nas ações que exemplificam.

Ou seja, estamos numa brincadeira de roda, onde quem roda é você. Às vezes, o pique-pega, assim como o bicho, e, na falta de respostas, tá contigo o macaco e a bomba que ninguém quis segurar. Não adianta pular amarelinha (ou amarelinho) com respostas vagas, quando o cliente for de verdade, não esses manés que andam te passando briefing de brincadeira.

A peteca vai cair a qualquer hora e a carniça vai ser a sua. Se continuar dando bola fora, vai sair do time mesmo, porque só quem tiver a grande sacada é que vai continuar gritando: marraio!.

Ah sei, tá achando que eu tô brincando, né? Que hoje em dia o lance são os games, que não rola brincadeira das antigas. Que no pera, uva, maçã ou salada mista, você vai levar sempre a salada e o cliente vai te receber pro abraço de olhos fechados. Ah, tá!

Quem chegar por último é mulher do Padre, tá. E pra quem ainda tá achando isso muito ofline, ok. Vou usar a sua linguagem online: Pra quem continuar bobeando, GAME OVER!

Putz, esse inglês maldito!