Experiência de Marca

Educação viva, Live. Falta educação

Antes que pensem que a palavra surpresa se apresenta a vocês com uma conotação raivosa, explico. Surpresa no sentido de: Não sabia que se preocupavam tanto com a gente.

Essa semana, um texto me surpreendeu.

Antes que pensem que a palavra surpresa se apresenta a vocês com uma conotação raivosa, explico. Surpresa no sentido de: Não sabia que se preocupavam tanto com a gente. Legítima percepção de um acadêmico, o texto tinha o interessante, e de duplo sentido, nome “Falta de Educação no II Congresso de Live Marketing”. Fui ler. Li, gostei do texto, mas não do que lá estava colocado, me posicionei para o autor.

E é assim mesmo. A gente escreve, as pessoas acham legal, não acham, se colocam (tem espaço aqui embaixo pra isso) e vida que segue.

O autor, apesar de ter legitimidade, como acadêmico dos bons que é, de colocar o que disse, estava eivado de desinformação quanto à Ampro, ao GEA, e mesmo, me perdoe, a colocação, quanto ao live marketing, em essência. Quando o live marketing surgiu, como proposta para nomear o que fazemos, lançado pela Ampro, em 2013 – antes já existia e era admitido e praticado por agências e entidades de ensino desde 2000 – no I Congresso Brasileiro de Live Marketing, como Atividade de Comunicação que substituiria o marketing promocional, veio com objetivos e pautas delineadas pela Ampro e pelo GEA.

Convém lembrar que todas as mídias especializadas existentes, sem exceção, trataram de minimizar e até “esculhambar” o nome, mesmo a mídia oficial do Congresso que, em primeira página, no dia da abertura, trouxe matéria questionando a legitimidade e procedência do nome. O Promoview foi o único que aceitou de saída o novo nome, porque é o único que sempre cuidou de nosso mercado e o entendia em sua profundidade.

Quando algo novo surge, a gente tem que procurar entender o que significa. Ou, pelo menos, quais razões plausíveis o endossam. Eu, como membro da Ampro, acompanhando o GEA, na época, sob o comando do professor, e grande profissional, Luciano Bonetti, além de, óbvio, ouvir o Kito Mansano explanar, por diversas vezes, as razões técnicas, estratégicas e de mercado que nos levavam a isso, mostrei para o pessoal, em textos por aqui, que era muito lógica, importante e decisiva a nova nomenclatura.

Assim como as mídias especializadas, algumas Instituições de Ensino, comprometidas com interesses maiores que a educação, também rejeitaram o Live – acho, de verdade, que ainda rejeitam. Não foi por caso, por exemplo, que, em São Paulo, a Metodista, Faap, Anhembi-Morumbi, Cásper Líbero e muitas outras Instituições viram o Live com bons olhos Elas tinham professores que sabiam que a Comunicação vive em mudança constante em razão do que acontece com as pessoas e as marcas e se puseram a estudar o assunto com profundidade.

Bonetti e a Metodista, olhem bem, entendem o Live desde 2001, e, ainda que com dificuldades inerentes ao nome de língua estrangeira, difícil de o MEC aceitar, trabalham pelo Live. Outros mestres com João Riva e Libia Macedo, de São Paulo; Izabela Dominguez, de Recife; Ana Maria Reis e Romualdo Ayres do Rio de Janeiro; Bia Galvão, de Petrópolis e muitos outros pelo País fazem, em suas universidades, um trabalho maravilhosos em prol do live marketing, na verdade, em prol da Comunicação.

Veja, e isso é importante, TODOS mantiveram contato com a Ampro ou diretor da entidade para desenvolver suas teses, seus cursos, palestras, ou mesmo, convidaram profissionais envolvidos nesse processo para ministrarem palestras e cursos em suas Instituições. Portanto, sabem o que sabem, e sabem que o que não sabem precisa ser dividido por quem sabe. Assim são os verdadeiros professores. Quando lançamos o Curso de Formação de Profissionais em Live Marketing, o primeiro curso do Brasil a se preocupar em formar profissionais, sob o viés do que preconiza a Ampro, para o trabalho de campo (mercado de trabalho) o fizemos de forma consciente.

Primeiro, fizemos da Ampro conteúdo, afinal, fortalecê-la é importante; segundo, trouxemos profissionais atuantes do mercado, para serem os instrutores. Detalhe, todos também são professores, acadêmicos, pois isso ajuda, mas, por uma questão de lógica, precisam viver e saber o que é live marketing onde ele acontece: na vida, no campo, nas ruas. Ocorre que não aconteceu assim com todos as centenas de cursos que surgiram nos últimos dois anos pelo Brasil, em especial em São Paulo e Rio de Janeiro. A maioria desse cursos tem instrutores de ocasião, que adaptaram nomes de seus antigos cursos para suprir as demandas de um mercado que correu para o Live e de jovens à procura de emprego.

Enganam alunos, ensinando um Live que só lhes diz respeito, com informações e colocações que, ao invés de aproximar seus alunos das agências especializadas, na verdade, os afasta. Prestam um desserviço ao mercado e às agências. Fazem chegar a nós, profissionais do mercado, pessoas que falam besteira presunçosas com a empáfia do nome da Instituição, como se um nome sempre significasse qualidade. Besteiras plantadas por péssimos educadores e Instituições.

Claro que existem exceções. A regra existe para isso. Eu mesmo respeito cursos muito bons feitos por profissionais nossos. Mas o fato é que tem aproveitador na área. Quando virem esses cursos por aí, chequem com a Ampro quais deles apresentou ementa ou programa para uma simples avaliação de leitura da entidade? Pergunte ao instrutor quais as diferenças exponenciais entre live marketing e marketing promocional. Quais ferramentas existem e se destacam em suas cinco modalidades? Quando devemos usar uma ativação de marca ao invés de uma ação promocional clássica?

Pegue as respostas e mandem para o GEA da Ampro. Nós daremos as respostas. Mas faça isso no primeiro dia de aula, de preferência, antes de pagar uma fortuna por um curso que em nada o fará crescer. Faltou tratarmos da educação no Congresso. Sim, de forma direta, não falamos no assunto. Entendemos, nós do GEA, que o caminho é a disseminação pelo Brasil do Live em Instituições de Ensino. Precisamos formar clientes que saibam o que é Live, por razões óbvias, se não eles vão continuar achando que Live é PP, que é o que aprendem.

Pelo Nordeste, Centro-Oeste, Rio, Sul e Norte, temos levado gente e informação. Isso estamos fazendo. São Paulo, como mostrei, tem muita gente boa cuidando, optamos pelo País, onde é mais difícil chegarem os cursos.

Optamos por um caminho de construção, a partir da ação in loco, com o Live Marketing nas Universidades, hoje, com dois meses de ação, contra uma semana da antiga Sampro, com o intercâmbio de profissionais de mercado em palestras pelo Brasil, em Universidades.

Algumas outras iniciativas já planejadas e agendadas dependem de recursos que estamos buscando, e que virão. A Ampro, esse ano, teve prioridades inquestionáveis, como o Congresso, por exemplo, que demanda custos e tempo das pessoas. Sem Live forte, não adianta disseminá-lo.

Lancei o livro “Do Marketing Promocional ao Live Marketing. Below é a PQP, como diz Victor Oliva”, no Congresso, para compartilhar conhecimentos que sei, não me pertencem. Mas é ato e não papo.

O Promoview vai lançar, até o final do ano, uma projeto inédito que vai mexer com o mercado e envolverá Universidades de todo o Brasil, alunos delas, para mais que ouvir falar de Live, conhecê-lo de perto, e, assim, vamos educando.

Faltou educação sim. Não no Congresso, nem na Ampro, nem no GEA. Faltou educação a Entidades de Educação que não se fizeram representadas no Congresso, que não procuraram a Ampro e o Congresso para serem parceiras na divulgação do Live. E, vejam, algumas foram contatadas para que lá estivessem. Mas quando lançarem seus cursos de nome bonito vão aparecer para pedir a divulgação.

Educação não se consolida apenas na discussão, no espaço de debate. Educação é ação, atitude, exemplo. Então, onde está faltando educação?