Experiência de Marca

E a Copa está acabando. Agora...

É isso. A Copa do Mundo aconteceu. Quem apostou contra se ... perdeu na aposta e agora está usando camisa verde e amarela nos jogos fingindo que nunca foi contra.

É isso. A Copa do Mundo aconteceu. Quem apostou contra se … perdeu na aposta e agora está usando camisa verde e amarela nos jogos fingindo que nunca foi contra.

Eu, desde o início, falei que não apostaria contra a Copa. Que isso seria um tiro no pé. Afinal, a Copa foi espaço ideal para dar ao mundo a visão de que podemos fazer grandes eventos no País. Que cidade-sede não viveu momentos de festa, grandes eventos paralelos, ativação de marca, ações promocionais etc?

E não me venham com a história de que só a Fifa se deu bem. Verdade, e eu também disse, que a Fifa escolheu apaniguados para seus eventos principais. É fato.

Foto: Divulgação.

copa do mundo torcida

E não rolou só Fan Fest, fazendo todo mundo vibrar. No Rio de Janeiro, da Zona Norte à Zona Sul, ruas, praças, bairros inteiros tinham festas e nelas lá estavam marcas ativando, espaços dedicados e… agências trabalhando. O mesmo pode-se dizer de São Paulo, Recife, Salvador, Fortaleza, Curitiba e demais cidades, claro, nas devidas proporções.

No Rio, que foi o lugar em que estive e assisti mais jogos, a Marina da Glória ressurgiu com shows e festa da Zero Três, hotéis viraram points, literalmente customizados pelo Banco de Eventos, só para citar dois pontos altos.

Muitos focaram na abertura sem brilho, fruto, justamente, da ausência de uma de nossas agências para dar o tom certo e criar algo mais em sintonia com o nosso País e sua realidade. Quem sabe o encerramento nos redima.

Os críticos, e bobões, para os quais dediquei um texto (Precisamos de publicitários para nos ensinar a fazer eventos?) devem estar bem chateados. Os pessimistas de plantão, os Hardys Har Har – aquela hiena chata do Lippy the Lion, do “Oh dia, oh céus, oh azar” – estão muito decepcionados. E vão continuar assim.

A oportunidade dada foi bem aproveitada, e, por certo, muitos turistas vão querer voltar a viver bons momentos no País, muitas marcas e empresas vão querer voltar e fazer seus eventos e ações aqui, porque perceberam que temos espaços e agências capazes de dar conta e um povo vocacionado para a alegria, a festa e o evento em si.

Não estou aqui, vejam bem, fazendo apologia político-governamental. Não acho que o mérito do sucesso seja do governo. Não acho que gastar oito bilhões de reais em estádios, que podiam custar uns dois bi seja algo justificável. Não acho que venhamos a ter legados de infraestrutura decorrentes da Copa sem se gastar mais alguns Bi com justificativas espúrias ou que não cai mais um ou dois viadutos frutos da incompetência e descaso com as pessoas. Deixo essa avaliação para o mês de outubro, quando outro evento vai acontecer.

Falo aqui da Copa. Sei lá se a maior Copa de todos os tempos, frase babaca de ufanista tolo. Falo da chance, essa muito bem aproveitada por algumas agências de Norte a Sul desse País, às quais parabenizo por aqui, de uma centena de produtores maravilhosos, alguns deles nossos Produtores Promoview, como a Mary Pessoa e a Sheila Arandas, nomes que escolhi para representar todos os produtores.

Falo do show das agências do Nordeste, de Fortaleza, de Recife e de Salvador – eu amo essas cidades e o talento dos criativos e produtores de lá, das grandes agências de Sampa e do Rio que nos orgulharam, e da capacidade criativa e executora da agências do Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Brasília, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Amazonas, que fizeram das festas da Copa, as melhores festas das Copas de todos os tempos, isso sim.

O que acontecerá daqui para frente dependerá um pouco do que coloquei no meu texto da semana passada quando ainda não havia analisado a Copa. Depende de nós mantermos fiéis a nossa vocação e profissão.

Nem todas as agências trabalharam na Copa. A minha, por exemplo, não trabalhou. E essas tiveram perdas sim, porque tudo parou. Minha fé é que o mercado se mexa e se amplie, aos poucos, e que os que forem bons sobrevivam.

Hoje, tem jogo. Sem Neymar. Sem Thiago. Haverá gente nas ruas. Haverá festas, eventos e ações. Se vamos vencer o jogo, não sei. Mas, na minha opinião, já ganhamos, nós, os brasileiros, ganhamos na força do hino cantado junto, na fé, na ola e no olé. Na animação das festas, na torcida sem fanatismo e no grito de gol.

Ganhamos nós do live marketing um espaço para novos eventos.

Tá provado que nenhum zagueiro mal intencionado nos tira do jogo. Mesmo os que vem pelas costas e em entrevistas dizem besteiras. A gente levanta, acredita no nosso time, e faz bonito. Porque nosso jogo é sempre ao vivo e Copa não é o único evento do mundo.

Teve Copa! Tem futuro! Temos a nós mesmos! Olha que golaço!