Experiência de Marca

Drones podem vir a ser usados em coberturas jornalísticas

Grupos de comunicação dos Estrados Unidos irão testar o uso de drones na cobertura jornalística. A intenção é persuadir o governo do país a ampliar o uso comercial das aeronaves não tripuladas.

Os drones estão, sem dúvida alguma, ganhando cada vez mais espaço em diversos tipos de ações. Agora, chegou a vez de veículos de comunicação fazerem uso dele em suas coberturas jornalísticas.

Grupos de comunicação dos Estrados Unidos (incluindo o jornal The New York Times, a Associated Press e a NBC Universal), irão testar o uso de drones na cobertura jornalística. A intenção é persuadir o governo do país a ampliar o uso comercial das aeronaves não tripuladas.

Essa organização de veículos se juntará à Universidade de Tecnologia de Virgínia para estudar o uso dos drones em um dos seis casos aprovados pelo Congresso norte-americano, de acordo com comunicado divulgado no dia 15 de janeiro.

Foto: Reprodução/Google.

DRONE VEICULOS COMUNICACAOA ideia dos grupos de midía é tentar ganhar do governo a autorização para utilizar as pequenas aeronaves em coberturas jornalísticas nas quais a presença de repórter ou fotógrafos seria inviável ou muito perigosa. Embora já tenha feito algumas exceções, a Federação Administrativa de Aviação (FAA) proíbe o uso comercial dos drones.

“A Associated Press está animada em se unir a outras companhias de mídia para explorar com segurança e responsabilidade o uso da tecnologia dos drones para a captação de notícias que estão além da nossa possibilidade de captação.”, disse Santiago Lyon, diretor-geral da Associated Press, em comunicado.

Outros grupos de mídia que participarão do projeto de testes de drones são a Advance Publication, A.H. Belo, Gannett, Getty Images, E.W. Scripps, Sinclair Broadcast Group e Washington Post.

A CNN já havia declarado que iniciaria os testes com drones em sua cobertura jornalística em parceria com o Instituto de Pesquisa e Tecnologia da Georgia.

O interesse geral pelas aeronaves não-atripuladas mostra que, apesar da movimentação de redução de custos e até mesmo de funcionários que muitos grupos vêm fazendo, outros continuam investindo em novas tecnologias. No ano passado, o Los Angeles Times publicou uma matéria sobre um terremoto, escrita inteiramente por um algoritmo de computador.

A FAA está trabalhando para estabelecer as normas de regulação do uso comercial dos drones, que se tornaram cada vez mais populares entre os civis. A agência já abriu algumas exceções na proibição.

Algumas companhias de cinema já foram autorizadas a utilizar os drones. Também foi aprovada a utilização da aeronave para a inspeção de equipamentos e plataformas petrolíferas, para mapear fazendas e para a captação de imagens utilizadas em ações de marketing imobiliário.

A FAA, no entanto, geralmente exige que as empresas que pretendem operar os drones façam uma notificação do uso com três dias de antecedência. Esse é um ponto de reclamação das empresas de mídia, que alegam ser impossível prever com tanta antecedência a cobertura factual de notícias.

O uso de drones para fins jornalísticos também envolve questões de segurança e de privacidade, especificamente perto das áreas de grande concentração populacional ou na cobertura de grandes eventos esportivos. Em 2013, por exemplo, um drone caiu em uma arquibancada do Virginia Motorsports Park, causando ferimentos leves em vários espectadores do evento.

Uso no Brasil

A imprensa brasileira já fez experimentos com drones em algumas coberturas especiais. Durante os protestos de junho de 2013, a Folha de S.Paulo utilizou as pequenas aeronaves para captar imagens e cenas das multidões pelas ruas das cidades brasileira. O material, além de ser utilizado na cobertura impressa e digital do jornal, também foi aproveitado no documentário Junho, lançado pela própria Folha.

Outros veículos, como o jornal O Globo, também utilizou drones na cobertura dos protestos e em outras reportagens especiais. O Portal Terra colocou as pequenas aeronaves no céu de Salvador, para captar imagens do Carnaval no ano passado.

Fonte: Advertising Age e da Bloomberg News.