Experiência de Marca

Diversidade na publicidade : Brasil precisa quebrar estereótipos

O mercado nacional pode até estar evoluindo, mas ainda precisa se conectar com os consumidores de forma mais relevante

A sétima edição do estudo “TODXS – Uma análise da representatividade na publicidade brasileira” mostra que, apesar de estar em evolução, o mercado nacional ainda precisa quebrar alguns estereótipos.

A agência Heads, em parceria com a ONU Mulheres, divulgou uma nova edição de sua pesquisa sobre a representatividade de gênero e raça na publicidade brasileira.

As propagandas exibidas na TV e os posts de marcas nas redes sociais ainda reforçam estereótipos e continuam não representando a real diversidade de raças e gêneros da nossa sociedade.

A agência monitorou todos os comerciais veiculados nos canais de televisão (aberta e fechada) de maior audiência no país durante uma semana (de 23 a 29 de julho de 2018).

Nas 2.149 inserções analisadas foi possível perceber que há de fato um impacto perceptível das discussões sobre equidade de raças e gêneros na publicidade brasileira, apesar de ainda estarmos distantes do ideal de representatividade na propaganda.

O dado que melhor sinaliza essa evolução é o número de protagonistas negras, que chegou a 25% de participação nas peças publicitárias, maior percentual visto pelo estudo até hoje. Já quando falamos sobre protagonistas homens e negros, os dados ainda são muito baixos.

A pesquisa também traz dados sobre as representações e seus papéis nos filmes: os segmentos de produtos de limpeza, telecomunicações, alimentos, beleza e cosméticos e produtos farmacêuticos utilizam totalmente ou quase totalmente da imagem da mulher. No caso dos homens, os segmentos responsáveis por usar suas imagens são sites e aplicativos, seguradoras, entretenimento, combustíveis, construção e eletrônicos.

Já os setores das indústrias farmacêuticas, bebidas alcoólicas, automóveis e educação foram identificados como aqueles com nenhuma ou praticamente nenhuma presença de negros em suas comunicações.

Essas informações deixam clara a persistência dos estereótipos no mundo da publicidade e também mostram que apesar de a questão estar sendo amplamente discutida, o avanço ainda acontece em um ritmo muito lento.