Experiência de Marca

<!--:pt-->"Devemos nos lançar de forma entusiasmada ao desconhecido"<!--:-->

Promoview selecionou os momentos mais importantes do evento Proxxima, realizado por mmonline na última semana e traz as melhores matérias para seus leitores. Walter Longo, vice-presidente de estratégia e inovação da Y&R, um dos palestrantes, entende que o mercado de comunicação precisa ser revisto diante da revolução digital.

A revolução digital provocou uma série de mudanças no universo da mídia, criando um cenário totalmente desconhecido para o mercado. Esse foi o pano-fundo do painel “Midiamorfose – Decodificando as mudanças do universo digital“, ministrada por Walter Longo, vice-presidente de estratégia e inovação da Y&R.

Walter Longo no Proxxima.

Segundo o profissional, as possibilidades digitais colocaram o mundo num processo de evolução exponencial que gera medo no mercado. Esse processo provocou cinco mudanças principais no mundo da comunicação. A primeira delas é a mudança do ambiente. Num momento de tesarac (período em que velhas regras, conceitos e ideias não servem mais e novas soluções ainda não estão em prática pois não foram elaboradas) precisa-se destruir para se construir de novo.

“Sabemos o que já era, mas não o que vai ser. A evolução exponencial é contra-intuitiva e nosso cérebro raciocina de forma linear”, pontua Longo.  A segunda é a mudança do jogo. Antes o mercado poderia ser comparado a uma pista de boliche, onde bastava mirar para atingir o target. Agora, é um fliperama: rápido, flexível, imprevisível, interativo e caótico.

A terceira é a mudança das regras: hoje se fala com o mundo pela internet e se manda uma  mensagem SMS para o colega ao lado, e se paga pela TV e recebe o jornal grátis, quando no passado era o inverso. Diante disso, formato, distribuição, remuneração e conteúdo estão em revisão. 

Na sequência aparecem as mudanças das relações e das avaliações. A primeira diz respeito à erosão dos limites entre a atuação de agências, anunciantes e veículos. Se antes tínhamos a corrente linear e sequencial anunciante/agência/veículo/consumidor, agora temos, por exemplo, anunciantes se transformando em mídia e produzindo seu próprio conteúdo. Por fim, as avaliações devem perder o caráter tático e focar no estratégico. Corre-se o risco de quantificar muito e mensurar pouco. Corre-se o perigo de transformar valores intangíveis em números em gráficos. O número é uma boia ou uma âncora?”, questiona Longo.

Fernando Murad – mmonline | proxxima