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<!--:pt-->Consumidores dispostos a pagar por notícias on-line<!--:-->

Os veículos de comunicação podem amenizar os efeitos financeiros da queda nos anúncios cobrando por notícias on-line, segundo nova pesquisa do The Boston Consulting Group (BCG), consultoria líder em estratégia e gestão empresarial. De acordo com o levantamento, que entrevistou mais de cinco mil pessoas em nove países, os consumidores estão dispostos a gastar pequenas quantias mensais para receber notícias em seus computadores e celulares. O valor apontado varia de US$ 3,00 mensais, nos Estados Unidos e Austrália, a US$ 7,00 mensais, na Itália.

Os veículos de comunicação podem amenizar os efeitos financeiros da queda nos anúncios cobrando por notícias on-line, segundo nova pesquisa do The Boston Consulting Group (BCG), consultoria líder em estratégia e gestão empresarial. De acordo com o levantamento, que entrevistou mais de cinco mil pessoas em nove países, os consumidores estão dispostos a gastar pequenas quantias mensais para receber notícias em seus computadores e celulares. O valor apontado varia de US$ 3,00 mensais, nos Estados Unidos e Austrália, a US$ 7,00 mensais, na Itália.

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John Rose, sócio sênior do BCG em Nova York e líder global da prática de Mídia da empresa, afirma que a boa notícia é que os consumidores estão de fato dispostos a pagar pelo acesso a conteúdos exclusivos. A má notícia é que não querem pagar muito. “Porém, acumulados, esses pagamentos podem compensar de um a três anos de declínio previstos na receita com propaganda”, ressalta o executivo.

A pesquisa do BCG identificou que os consumidores estão mais dispostos a pagar por determinados tipos de conteúdo, acessíveis por meio de um dispositivo de livre escolha. O que gera mais interesse são notícias:

  • Exclusivas, como informações locais (67% dos entrevistados têm interesse, o que corresponde a 72% dos entrevistados nos Estados Unidos), ou cobertura especializada (63% dos entrevistados têm interesse, o que corresponde a 73% dos entrevistados nos Estados Unidos);
  • Oportunas, como serviço contínuo de últimas notícias (54% dos entrevistados têm interesse, o que corresponde a 61% dos entrevistados nos Estados Unidos).

Além disso, os consumidores estão mais dispostos a pagar por notícias on-line fornecidas por jornais mais do que por outras mídias, como televisão ou portais. A explicação é simples: não estão interessados em pagar por notícias que estejam disponíveis, e de forma gratuita, em uma ampla rede de sites.

Embora animadora, a disposição de pagar é apenas parte da solução para a receita dos jornais. Nos Estados Unidos, por exemplo, a publicidade, que representa 80% das receitas, está em forte declínio. Se os consumidores começarem a pagar pelas notícias on-line, isso apenas reduzirá, mas não vai conter a queda nas receitas. Como resultado, os jornais terão de inovar em diversas frentes. Essa particularidade vai beneficiar os jornais com voz e cobertura exclusiva e que tenham uma grande base de assinantes. Os jornais regionais e locais, que têm conteúdo que não está disponível em outros lugares, podem tirar vantagem dessa tendência, enquanto os grandes diários terão maior dificuldade.

A pesquisa indica que surgirão diversos modelos híbridos para acessar notícias e conteúdo. Por exemplo, 52% dos consumidores de notícias sobre negócios nos Estados Unidos estariam interessados em um pacote de assinatura impressa e on-line, em comparação com apenas 35% dos consumidores jovens. “Os jornais precisam começar a testar a modalidade de conteúdo on-line pago”, diz Marc Vos, sócio do BCG baseado em Milão. “Será preciso um processo de tentativa e erro, até descobrir o que realmente funciona”, completa.

Metodologia da pesquisa

A pesquisa foi conduzida via web durante o mês de outubro. No total, 5.083 pessoas responderam à pesquisa, em nove países: Estados Unidos (1.006), Alemanha (1.006), Austrália (529), França (510), Reino Unido (506), Espanha (505), Itália (504), Noruega (259) e Finlândia (258). Os entrevistados foram divididos igualmente entre homens e mulheres e por quatro faixas etárias. As respostas chegaram de todas as regiões de cada país listado, exceto a Austrália, onde o estudo foi concentrado em Melbourne e Sydney.

Sobre o The Boston Consulting Group (BCG)

Desde sua fundação, em 1963, o The Boston Consulting Group (BCG) tem se concentrado em auxiliar os clientes a obter vantagens competitivas. A empresa acredita que as melhores práticas ou benchmarks raramente são suficientes para criar valor permanente, e que uma mudança positiva requer novos insights sobre economia, mercados e dinâmica organizacional.

O BCG considera que cada projeto apresenta um conjunto único de oportunidades e limitações, para o qual não há solução padronizada. O grupo tem 66 escritórios em 38 países e atua com clientes de todos os setores e mercados. Para obter mais informações, acesse o site.