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Complexos esportivos na batalha contra a pandemia

Legado esportivo cumpre papel social e esporte dá lugar à saúde em meio a pandemia de Coronavírus.

Sem a maior parte das competições, alguns dos espaços antes usados para o esporte se transformaram em locais de saúde. 

O novo Coronavírus paralisou o esporte, adiou a Olimpíada de Tóquio, fato inédito, e vem deixando um rastro de morte. E quando a questão é de vida e morte, é preciso entrar em ação.

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A estrutura do sistema de saúde vai colapsar em muitos países. Esporte é cidadania e nada mais racional do que usar espaços ociosos para construir hospitais de campanha, bases auxiliares e centros de atendimento.

O Olimpíada Todo Dia listou alguns desses locais que estão honrando o legado esportivo. Por outro lado, tem um, em especial, que está sendo desperdiçado.

O Ministério Público Federal (MPF-RJ) pediu à Secretaria Nacional do Esporte avaliar a possibilidade de ceder as arenas do Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, na ajuda ao combate ao Coronavírus.

Contudo, o Ministério da Cidadania, que engloba a Secretaria do Esporte, afirmou que não recebeu, até o momento, nenhuma solicitação oficial para utilização das arenas olímpicas sob responsabilidade do Governo Federal como hospital de campanha durante a pandemia.

São Paulo

A cidade de São Paulo vem se provando como o epicentro da pandemia no país. Um hospital de campanha foi montado no tradicional Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, que será administrado pelo Hospital Albert Einstein e tem como função principal liberar os leitos dos hospitais municipais, que ficarão responsáveis por tratar casos mais complexos e graves.

Hospital de campanha montado no Estádio do Pacaembu (Foto: Governo do Estado de São Paulo).

Além de ter sido um dos estádios da Copa do Mundo de 1950, o Pacaembu também recebeu parte das disputas dos Jogos Pan-Americanos de 1963, que teve a cidade de São Paulo como sede.

Palco do Mundial de skate

A construção da tenda no gramado do Pacaembu é uma parceria entre o Allegra Pacaembu com a Prefeitura de São Paulo, que investiu na estrutura e aparelhamento. O local já está recebendo pacientes.

Outro hospital de campanha foi montado no Centro de Exposições do Anhembi, na Zona Norte de São Paulo, outra ação do município. 

Em 2019, o Anhembi recebeu o Mundial de Skate Street. O local é administrado pela São Paulo Turismo (SPTuris, empresa municipal de turismo e eventos) e já recebeu os primeiros pacientes.

Vila dos Atletas dos Jogos Asiáticos de 2018, em Jacarta, Indonésia, já tem sete torres reservadas para o combate a pandemia (Foto: Wikicommons/By Ya, saya inBaliTimur).

Mas por que usar locais do esporte?

Obviamente, porque não estão estando sendo usados. Normalmente são complexos, ginásios e estádios que foram projetados para receberem um certo fluxo de pessoas e são espaçosos.

Esses locais, que auxiliarão no combate contra a pandemia devem permitir um acesso mais fácil tanto na hora da montagem dos equipamentos e da estrutura de saúde, como facilitar o trabalho diário.

A localização é importante. Muitas vezes estão mais próximos do centro das cidades, com grandes hospitais nas proximidades, afinal, foram feitos para receberem grandes eventos e fluxo constante de pessoas.

Outro locais estão próximos às áreas mais carentes, que possuem uma defasagem hospitalar e que servirão de apoio.

Não chega a ser uma regra, mas muitos são administrados pelo poder público, possuem uma parceria público-privada ou já contaram com dinheiro público anteriormente investido antes de serem negociados com a iniciativa privada.