Experiência de Marca

Chega de roubarem nossas ideias!

Meu tema de hoje é recorrente também. Mas é mais que um alerta, reclamação, denúncia ou desabafo. Hoje, ele é toque com alguma solução.

Meu tema de hoje é recorrente também. Mas é mais que um alerta, reclamação, denúncia ou desabafo. Hoje, ele é toque com alguma solução.

Quem tem agência ou é criativo, ainda que freela, já deve ter passado pela incômoda, decepcionante e revoltante situação de ter uma ideia, projeto, ou parte dele, roubado – até procurei uma palavra menos forte para usar, me sugeriram “apropriado”.

Portanto, se alguém fez isso sem querer, leia apropriado no lugar de roubado, ok? Mas só se foi sem querer. -, por cliente, colega e até, pasmem, outra agência.

É que virou norma, coisa corriqueira mesmo, pegar uma ideia dos outros, em parte ou na totalidade, e apresentá-la, ou executá-la, como se sua fosse. É cliente fazendo isso em concorrência para entregar a quem cobrou menos ou agência amiga que “ganhou a concorrência com ideia ruim” para produzi-la.

Cliente que pega fornecedor que não conhecia e liga direto para negociar trabalho, by passando agência (Detalhe. Nunca teria conhecido o fornecedor, óbvio, se a agência que o chamou para o trabalho não o tivesse escolhido (melhor dizendo agenciado, essa é sua função), depois de pesquisa, criatividade, trabalho, esmero e/ou cuidado para seu evento ou ação.

E ainda tira marra com os colegas, dizendo que conhece fornecedores ótimos e baratinhos, até abrir sua própria agência para atender o cliente, onde trabalhava – coisa que, aliás, também está na moda) e mais um monte de coisas cabulosas que não caberiam no texto.

Pior mesmo são as agências que fazem isso. Ou porque seus profissionais, se é que esse nome lhes cabe, saem de outras agências e levam consigo ideias dos outros colegas que usam nas atuais como se suas fossem, ou mesmo donos de agências que pedem isso a seus funcionários, incentivam inclusive a prática, que peguem ideias de outros, para que a criação fique baratinha.

Prejudicam pessoas, o mercado e mostram total falta de ética, caráter, e, lógico, talento.

Já passei por isso, claro, com um cliente gigante do ramo de beleza, cabelos, cosméticos etc., e, mais recentemente, com uma empresa que produz impressoras, projetores e escaners, numa ação feita para uma feira em São Paulo, quando, no sufoco, nos procuraram, em cima da hora, para propor uma ação que desse visibilidade a seu estande.

Em dois dias (dois, vejam bem.) demos duas soluções. Toparam a do robô que fez um tremendo sucesso, encheu o estande e potencializou a marca, a ponto de recebermos parabéns deles e até de concorrentes, para, em seguida, pararem de nos responder, quando nos pediram orçamento para outra feira, e procurarem o fornecedor direto. Cliente e fornecedor com atitude feia, mas vida que segue.

Estar filiado à Ampro era o único, e bom, caminho para se tentar resolver questões como essa e ainda recomendo entrar para a entidade como solução relevante, pois só uma entidade forte pode nos dispensar da necessidade de ato jurídico, por exemplo.

Mas, agora, surgiu uma opção interessante, acessível e de grande valia, o C A R ECadastro de Registro de Eventos e Projetos.

Tinha ouvido falar dele e ontem li no Promoview sobre o assunto e me aprofundei nele. Lançado recentemente num encontro, o C A R E surgiu com o intuito de oferecer ao mercado uma forma segura, prática e acessível para registro de projetos diversos, desde simples ideias até campanhas inteiras que você tenha preparado para participar de concorrências, por exemplo.

O legal do C A R E é que ele passa a ser um caminho interessante para você poder fazer pressões a fim de resguardar seus direitos junto a clientes, colegas e agências que não sejam éticos, tanto pela via do contato inicial direto para resolver sem problemas, quanto pela via jurídica, agora com um documento de registro válido.

Isso porque, quando você faz upload do seu projeto ou ideia no sistema ele gera um selo com o código relativo àquele cadastro, que pode ser anexado aos materiais apresentados nas concorrências, como um aviso de que o projeto foi previamente registrado em determinada data e horário, num servidor específico e praticamente inviolável.

O criador do Sistema, Gilberto Perussi, informa que ele será integrado à Biblioteca Nacional de Eventos e Turismo 100% digital, ainda em criação, o que tornará o C A R E muito mais efetivo

Bom, como não ganho nada, infelizmente diga-se de passagem, para fazer publicidade de ninguém, a minha intenção é que vocês tenham caminhos (canso de falar na Ampro), como eu, para resolver esse câncer do nosso mercado, aqui vai a dica.

Ah!, tem custo sim, antes que me perguntem. É algo em torno de R$ 80,00, o que me parece legal, pois, é claro, não vamos ficar colocando qualquer coisa num cadastro desses para gastar grana. O valor depende também do tempo que você quer deixar o projeto no sistema.

Eu vou testar o programa e depois digo como foi. Se for ruim, aviso vocês sem medo. Se for bom, grito alto. Mas, pelo que li e ouvi, parece ser uma grande solução de resguardo da autoralidade para agências de todo o porte e criativos que não tinham caminho.

Que pena, né? Com tanta coisa legal pra gente falar aqui, temos que tocar num assunto como esse, falta de ética, mas… fica o alerta aos ‘Mickeys’ do mercado:

Ainda vai ter queijo de qualidade, mas a geladeira tá ficando difícil de acessar e a ratoeira, poderosa, mortal e de alto custo para sair dela.