Experiência de Marca

Figueiredo explica baixo rendimento brasileiro

Como todos que acompanharam de perto, o presidente da Bullet, que já conquistou alguns Leões, demonstrou a sua frustração com o baixo desempenho dos trabalhos em 2011.

Promoview esteve, no final da tarde do dia 19/06, em Cannes, com o jurado brasileiro de Promo & Activation, Fernando Figueiredo. Como todos que acompanharam de perto, o presidente da Bullet, que já conquistou alguns Leões, demonstrou a sua frustração com o baixo desempenho dos trabalhos em 2011.

Figueiredo, da Bullet, na coletiva realizada há em Cannes.

A frustração é com a qualidade do trabalho que vi do mundo inteiro. De uma forma geral, as premiações deram uma baixada. Não vi nenhum case como um Replay ou um HBO, por exemplo. O presidente do júri disse para eu não esperar isso todos os anos porque é assim mesmo. Tive a impressão de que tudo caiu. Não vale a história que o Brasil não entrou bem – foram nove shortlists – ou ainda não sabe inscrever. Besteira! O Brasil está supercriativo, soube inscrever, mas talvez tenhamos entrado somente com nove peças porque dobramos as inscrições. Na quantidade, você acaba entrando com menos qualidade.Veja os EUA com 250 inscrições e 26 shortlist, o Brasil teve 240 inscritos e nove shortlists… Eu mal vi os trabalhos brasileiros pois tive acesso a não mais do que 10% dos inscritos. Fica complicado defender nossos colegas… outra coisa é que tem que agradar jurados de culturas diferentes…, temos coisas muito boas em jogo: os trabalhos brasileiros são excelentes e as inscrições foram muito bem  feitas. Acredito que temos grandes chances de levar Leão para casa”, finalizou.

Promoview gravou via iPhone e mostra parte do depoimento  aqui.

O júri de Promo & Activation se dedicou três dias ao julgamento dos trabalhos de ativação. No sábado (18/06) foi finalizado o shortlist, e os jurados gastaram todo o domingo definindo os Grand Prix. Na segunda-feira (20/06), madrugada no Brasil, foram apresentados os Leões de Promo & Activation. O processo de julgamento terminou há por volta das 18h em Cannes, 13h no Brasil.

Fernando elogiou ainda a qualidade da inscrição de trabalhos brasileiros e internacionais, com destaque para a importância e boa aplicação dos videocases.

Fernando Figueiredo analisando cases no Palais

“Muita gente tem preconceito com o videocase, mas, bem feito, ele facilita muito o entendimento de um bom trabalho. Muitas vezes temos não mais que dois minutos para analisar cada case e apenas olhar a prancheta nem sempre é suficiente para entender a ideia principal e a relevância de um grande trabalho”, analisou.

A metodologia do julgamento seguiu alguns padrões, entretanto, a dinâmica muda anualmente de acordo com as orientações do presidente do júri. Como os cases vão ser divididos e avaliados é sempre uma novidade a cada edição. Também a importância de representantes dos mais diversos países nesta hora é fundamental.