Experiência de Marca

Casamento passa a ser foco de patrocínio

É simples: os patrocinadores - boutiques, floriculturas, <em>buffet</em> e outros negócios relacionados com a indústria do casamento - oferecem preços especiais aos noivos, em troca de anunciar seus serviços durante o evento.

O patrocínio de grandes marcas em eventos esportivos, feiras dos mais diversos segmentos, shows, enfim, no que conhecemos como “tradicional”, e que produz a visibilidade que as empresas esperam, é um fato corrente e comum. No entanto, isso parece estar sendo pouco para essas corporações e, as mudanças passam a ocorrer nesse mercado.

A bola da vez é investir em casamentos, que tanto podem ser de famosos, como não. Promoview já apresentou as ações de ativação feitas quando da realização do casamento do Príncipe William e da Princesa Kate Midleton (veja aqui) que, na ocasião, teve até loja genuinamente brasileira enviando presente ao casal (leia mais).

O casamento do Príncipe William e Kate Midleton, foi palco para ativação de grandes marcas.

No entanto, foi em Mônaco, durante o enlace do último soberano solteiro da Europa, Albert II de Mônaco, que o patrocínio a esse tipo de evento deu a sua arrancada. Mais detalhes podem ser encontrados aqui.

Nas bodas do Príncipe Albert e Charlene o que não faltou foi patrocínio.

Pelo jeito deu certo, afinal, novas notícias a respeito desse tipo de patrocínio começam a surgir. Na última semana, não se pode dizer que foi um patrocínio, mas, com certeza, a Azul Linhas Aéreas “pegou carona” em um gesto romântico promovido por um jovem noivo e, acabou deixando sua marca presenteando-o com uma viagem de lua de mel (veja aqui).

Leandro Gonçalves e sua namorada foram coparticipantes de uma ação promocional.

Aproveitando o casamento dos famosos que estão sendo patrocinados, em tempos de crise, chegou a vez da “plebe” apostar na inclusão de publicidade na cerimônia dos seus casamentos em troca de descontos. São as chamadas “bodas patrocinadas”.

Trata-se da fórmula tradicional de “Eu lhes declaro marido e mulher”, mas, nesse caso, “por cortesia de…”. É simples: os patrocinadores – boutiques, floriculturas, buffet e outros negócios relacionados com a indústria do casamento – oferecem preços especiais aos noivos, em troca de anunciar seus serviços durante o evento.

Apesar das condições dependerem do que se negocia em cada caso, as despesas de organização podem ser reduzidas pela metade e, inclusive, mais que isso, quando se opta por um casamento com anunciantes.

A Bélgica sediará no dia 06/08, o primeiro casamento desse tipo, entre Elodie, de 21 anos de idade, e Jonathan, de 27 anos de idade, dois jovens desempregados residentes na província de Hainaut, a região mais empobrecida do país.

Jonathan e Elodie batalharam muito, mas conquistaram alguns patrocínios.

O casal, que se conheceu há quatro anos pela internet, descobriu por acaso as bodas patrocinadas quando buscava na rede ideias para organizar uma cerimônia bonita sem precisar se endividar. “Para nós, o casamento representa a maior prova de amor. Sonhamos que esse dia seja excepcional”, explicam os protagonistas do evento, que estão há quase um ano procurando patrocínio para sua cerimônia.

O custo de sua festa nupcial, que apesar de ser relativamente modesta, chegaria a custar 15 mil euros (equivalente a US$ 22,3 mil), se reduzirá à metade graças ao patrocínio das assinaturas, que ofereceram preços especiais no jantar, nos trajes dos noivos, nos serviços de flores e arranjos, na fotografia, cabeleireiro e maquiagem.

Em troca, o casal se comprometeu a deixar folhetos publicitários nas mesas dos convidados, pendurar um grande cartaz com seus logotipos na sala do buffet e colocar cartões de visita em um local próximo do jantar, onde os anunciantes poderão garantir que serão vistos.

O trabalho de promoção começou há meses, quando os noivos criaram um blog e uma página no Facebook para buscar os primeiros patrocinadores que embarcaram no projeto. Deu certo

Ressalvas

Mas não se engane quem acha que a nova opção é mais fácil: um casamento com publicidade não é completamente gratuito, muito menos fácil de organizar. Como em qualquer iniciativa que implique a busca de financiamento, é preciso paciência e, sobretudo, um bom “dossiê” comercial para convencer os anunciantes a participarem do projeto e apresentar as vantagens.

No caso de Elodie e Jonathan, levar a ideia até a prática foi muito mais complicado do que imaginavam: apenas dez, de um total de 100 negócios que entraram em contato nos últimos oito meses, chegaram a cofinanciar seu casamento.

“Algumas das empresas com as quais entramos em contato chegaram a nos insultar e a tratar de pedintes de esmola, mas decidimos não jogar a toalha e seguir tentando”, explica a noiva.

Uma alta dose de paciência e a ajuda de uma cerimonialista conseguiram encaixar o projeto, faltando apenas contratar o veículo que levará os noivos à cerimônia, a música e a viagem de lua de mel.

Os diversos fóruns na internet sobre bodas patrocinadas, a maioria franceses, advertem que, por ser um conceito ainda muito recente, os noivos correm o risco de passar por umas saias justas quando apresentam a ideia às empresas, embora assinalam que com uma boa preparação, a organização é o segredo do sucesso.

Outras possibilidades giram em torno de cartazes ao lado do bolo de casamento com os nomes das empresas, veiculados com os guardanapos da festa ou em caixas de fósforos com os logotipos ou até, a impressão de publicidade no veículo dos noivos.

Não é uma conquista fácil, porém, já que o caminho está aberto, não custa nada tentar. No Brasil ainda não se tem conhecimento de nenhum casamento nesse estilo, mas, certamente, muito em breve teremos conhecimento de algum.