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Cannes é questionado pela ausência de jurados negros

Carta aberta publicada pelo coletivo Papel & Caneta foi direcionada a Simon Cook, CEO do festival, e recebeu o apoio da Chapa Preta, do Auê Creators e do Conselho do Coletivo Publicitários Negros.1


O-coletivo sem fins lucrativos Papel & Caneta publicou uma página com uma carta direcionada a Simon Cook, CEO do Cannes Lions, em que questiona a ausência de negros na equipe de jurados brasileiros no festival.

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Entre os 30 profissionais escolhidos para os júris da premiação de 2022, apenas Angerson Vieira, diretor executivo de criação da Africa, é negro.

A carta inicia afirmando que, mesmo que possivelmente Cook conheça apenas uma maioria de criativos brasileiros brancos, mais da metade da população brasileira é negra.

“Entendemos que não é uma tarefa fácil selecionar um júri e que muitos fatores precisam ser considerados, mas nós, como indústria, estamos com pressa para realizar as mudanças urgentes que estão nos impedindo de construir esse futuro inovador. Não podemos ficar calados diante da falta de inclusão e representatividade que é hoje um dos maiores motivos – se não o maior – de atraso da criatividade do Brasil e de toda a sociedade”, afirma o coletivo na carta, onde também é feita a pergunta: “se os critérios de Cannes não contemplam essa inclusão e essa representatividade, o que precisa mudar não seriam os próprios critérios?”.

A carta pode ser tuitada por apoiadores com um clique em um botão da página, que fortalece o pedido à conta de Simon Cook no Twitter.

A carta ainda recebeu o apoio da Chapa Preta, que comanda o Clube de Criação, do Auê Creators, hub de impacto e inteligência cultural, e do Conselho do Coletivo Publicitários Negros, grupo composto por mais de 2.800 profissionais negros do mercado nacional de comunicação.