Neste início de ano, as principais praças esportivas de Campo Grande não estão à disposição dos atletas e torcedores, com isso, a cidade corre o risco de não receber grandes eventos nesta temporada.
O Estádio Morenão e o Autódromo Internacional estão fechados a pedido do Ministério Público Estadual; o Ginásio Guanandizão interditado pelo Corpo de Bombeiros; enquanto o Estádio das Moreninhas não tem laudos.
O Morenão, principal estádio de futebol de Mato Grosso do Sul, seria a casa de Comercial e Novoperário no Estadual, porém, a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul acatou pedido do MPE para não utilização do local, alegando, principalmente, problemas estruturais e falta de segurança para os torcedores.
Foto: Bruno Henrique/Correio do Estado.
Com isso, a saída dos clubes seria o Estádio das Moreninhas, porém, o local não consegue laudos da Vigilância Sanitária e Polícia Militar. O presidente da Fundação Municipal de Esportes, José Eduardo Amâncio da Mota “Madrugada”, promete uma solução até dia 15 deste mês.
“Já nos reunimos com o secretário de Obras e ele nos deu essa data como limite, e acredito que o local estará aberto para os clubes no Estadual.”, comentou Madrugada, confirmando obras nas arquibancadas e nos banheiros, retirada da cobertura de uma das arquibancadas danificadas depois de um temporal, limpeza geral e cuidados com o gramado.
Contudo, faltando 14 dias para o fim do prazo, a obra ainda nem começou. “Mas é tudo muito rápido. Creio que na próxima semana terá início.”, afirmou o dirigente.
O Cene também está prejudicado, pois mandaria o jogo da Copa do Brasil contra Sport e da Copa Verde diante do Cuiabá no Morenão, mas provavelmente buscará outra cidade para realizar as partidas.
Autódromo Sem Prazo
Em relação ao autódromo, uma vistoria feita pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) detectou diversos problemas que podem prejudicar a saúde dos torcedores.
Segundo relatório encaminhado ao Ministério Público, o problema é o mato alto, os entulhos e lixo, a água parada que pode acarretar doenças como dengue, a falta de limpeza nos sanitários, entre outros.
“Essa questão de limpeza no autódromo é tranquila, mas não é só isso. Para sediar eventos grandes, como Stock Car, temos de recapear toda a pista, fazer um muro de proteção entre as duas retas e são obras caras. A prefeitura não tem dinheiro e não acredito que esse problema será solucionado em breve.”, destacou Madrugada.
A Fórmula Truck confirmou uma etapa na Capital neste ano, mas a prova já está ameaçada. “Claro que queremos grandes provas, mas o que podemos fazer?”, disse o gestor.
Foto: Divulgação.
Com o autódromo fechado, o calendário da Federação de Automobilismo de Mato Grosso do Sul fica prejudicado, em relação às provas de arrancadas e Fórmula Turismo. Além disso, a Federação de Motociclismo (Femems) também tem problemas.
“Com o autódromo interditado, não temos como realizar aqui, em Campo Grande, provas de motocross, já que a pista fica no local.”, disse o presidente da Femems, André Azambuja.