Experiência de Marca

Campanha da Nike no Twitter gera protesto

A marca está desafiando uma proibição da ASA (equivalente inglesa do Conar), ao manter uma de suas campanhas no Twitter no Reino Unido, que, segundo a entidade, havia sido julgada como “inadequadamente rotulada como publicidade”.

A Nike está desafiando uma proibição da Advertising Standards Authority’s (ASA) (equivalente inglesa do Conar) ao manter uma de suas campanhas no Twitter no Reino Unido, que, segundo a entidade, havia sido julgada como “inadequadamente rotulada como publicidade”.

Os tweets em questão, assinados pelas estrelas do futebol inglês Wayne Rooney e Jack Wilshere, são parte da campanha “Make it Count” da Nike. Rooney, que tem 4,5 milhões de seguidores, tuitou “Minha decisão – começar o ano como campeão e terminá-lo como um campeão… #makeitcount gonike.me/makeitcount.”

O jogador de futebol inglês Wayne Rooney, faz parte da campanha "Make it Count" da Nike no Twitter.

O “cão-de-guarda” da publicidade determinou que a referência à Nike não estava explícita, mas a marca esportiva está tentando uma revisão independente dessa decisão que, diga-se de passagem, é histórica: foi a primeira vez que a ASA manteve uma queixa contra uma campanha via Twitter desde que as redes sociais também passaram a estar sob sua responsabilidade, em março de 2012.

“Não acreditamos que os seguidores do Twitter tenham sido enganados, porque estava claro que os posts eram relacionados à campanha “Make it Count”. Nós, e muitos outros, damos as boas-vindas à ASA em sua evolução, no que diz respeito a orientar o uso do Twitter no marketing”, disse uma porta-voz da Nike.

No entanto, uma porta-voz da ASA insistiu que o caso envolve uma das aplicações-padrão dos códigos da publicidade. “Não se trata de uma área nova, vista com menos privilégios. Os testes foram praticamente os mesmos daqueles que usamos em outras áreas da internet”, afirmou.

A pedido da Nike, a ASA encaminhou o caso a um consultor independente, Hayden Phillips, que decidirá se recomendará ou não que a decisão seja anulada. A decisão final ainda caberá ao conselho da ASA, o mesmo grupo que fez a restrição inicial.

Outro porta-voz da Nike disse acreditar que o secretariado da ASA, que investiga as reclamações, não tenha julgado os tweets enganosos, mas tenha sido vencido pelo conselho da entidade.

A porta-voz da ASA recusou comentar como a decisão foi tomada. Esta semana, ela baniu um segundo anúncio via Twitter, quando registrou queixa contra a rede de salões de beleza Toni & Guy, que deu a uma celebridade um corte de cabelo e encorajou-a a tweetar a respeito, incluindo a oferta de 10% de desconto a seus seguidores.

A marca de chocolate Snickers, que pertence à Mars, no entanto, escapou à censura da ASA em março, a despeito de reclamações sobre tweets de outra estrela do futebol, Rio Ferdinand, e da modelo Katie Price.

A campanha envolveu uma série de cinco tweets, quatro dos quais não foram descritos como publicidade. Mas o quinto veio com a hashtag #spon (patrocinador), que a ASA considerou suficiente.

Fonte: Advertising Age.