Experiência de Marca

Caixa leva dança para a Avenida Paulista

A ocupação de paisagens urbanas é temática central do festival, que se divide em 16 espetáculos, gratuitos, por três espaços.

Com o patrocínio da Caixa Econômica Federal, mais de trinta bailarinos, de sete países de três continentes, mostram o que está sendo feito em dança pelo mundo, no VI Visões Urbanas – Festival Internacional de Dança, que tem início hoje (27/04), em São Paulo, e vai até sábado (30/04), com apresentações de manhã, à tarde e à noite, na Avenida Paulista. A ocupação de paisagens urbanas é temática central do festival, que se divide em 16 espetáculos, gratuitos, por três espaços: o jardim da Casa das Rosas, parque Tenente Siqueira Campos (Trianon) e o parque Mario Covas.

Artistas da Cia Linhas Aéreas realizam a performance 'Andaime', na Rua 24 de Maio, no centro de São Paulo,em 2010, como parte do festival internacional de dança 'Visões Urbanas' (Foto: Sergio Neves/AE).

Criado em 2006, por Mirtes Calheiros e Ederson Lopes, o Visões Urbanas faz parte da rede internacional Cidades que Dançam (CQD). Ela reúne festivais que integram a dança à paisagem urbana, em 34 cidades, de 18 países da América Latina e Europa. No Brasil, Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP) estão entre as cidades pertencentes à rede. O movimento surgiu em Barcelona em 1992.

Na abertura, hoje, às 11h30, no Parque Mario Covas, uma geladeira, um homem (Mustafa Kaplan) e uma mulher (Filiz Sizanli), da companhia turca Taldans (pela primeira vez em São Paulo), fazem uma coreografia “a três” em Dolap. Logo em seguida, cinco bailarinos da Proyecto La Casa, de Montevidéu, encenam um encontro fortuito entre estranhos.

A performer Maren Strak, de Berlim, faz apresentação tripla de Estepe – solo em que dança com pneus, inspirado nas corridas de carros norte-americanas, realizadas em pistas com forma de oito – duas no Parque Mario Covas (quarta e quinta) e uma no jardim da Casa das Rosas (sexta). A companhia da americana Maida Withers, que mescla movimento e tecnologia, mostra Limites Cruzados – dança-teatro baseada nas torturas impostas a prisioneiros no Iraque e em Guantánamo – com vocal e violoncelo ao vivo, no parque Mario Covas, quinta-feira, e na Casa das Rosas, sexta-feira.

As atrações brasileiras se apresentam na sexta-feira: a Cia “Artesãos do Corpo” dá vida à instalação coreográfica “Olhar Urbano”. Em um jogo lúdico, os sete intérpretes buscam a interação com o espaço e o público, por meio de movimentos inusitados, feitos em solos ou pelo grupo todo, na Casa das Rosas. “O cenário está aqui, as pessoas tomam contato, ou lançam um novo olhar, tendo a dança como interlocutora”, afirma Mirtes Calheiros, responsável pela coordenação artística geral do festival.

O grupo belga, Irene K, participa do último dia (sábado), no parque Trianon, com Xtra Large, usando figurinos inspirados nas, rotundas e desproporcionais, figuras do colombiano Fernando Botero.

Atividades paralelas

Em paralelo ao festival, acontecerão apresentações como: a mostra de videodança (na Casa das Rosas) e duas palestras (no teatro Eva Herz, da Livraria Cultura, no Conjunto Nacional), que visam motivar, no Brasil, a pesquisa da linguagem dança-teatro em paisagens urbanas. “A meta é a criação de mecanismos criativos, de intervenção da dança no cotidiano da cidade”, explica o produtor Ederson Lopes, um dos organizadores do festival.

A programação também inclui dois eventos, fora da Avenida Paulista: a oficina de hip-hop – no estúdio Artesãos do Corpo, em Santa Cecília; e a exposição de fotos “São Paulo – Cidade que Dança”, sobre as edições anteriores do festival, na Caixa Cultural – Sé. A relação completa dos programas está no blog. Informações pelo telefone (11) 3667-5581.

Além da Caixa, a sexta edição do Visões Urbanas é patrocinada também pelo Governo do Estado de São Paulo e Secretaria de Estado da Cultura, por intermédio do Programa de Ação Cultural (ProAC) 2010. E conta ainda com apoio do Instituto Goethe – SP, do Consulado Geral da Turquia em SP e do Instituto Italiano de Cultura de São Paulo.