O Brasil é o quarto maior mercado consumidor de jogos eletrônicos do mundo. O setor movimenta quase US$ 90 bilhões por ano no mundo, mais que cinema e música juntos. Um exemplo de como essa indústria atrai muita gente foi a realização Big Festival, evento de games independentes da América Latina, em São Paulo.
A feira de negócios reuniu 1,2 mil participantes, entre designers, produtores de games, programadores e movimentou mais de R$ 60 milhões em negócios.
Hoje, no Brasil, os games são feitos principalmente por micro ou pequenas empresas. Uma delas ganhou, no ano passado, o prêmio de melhor jogo nessa mesma feira de games independente.
A principal incentivadora dos irmãos e empresários Persis Duaik e Ricardo Duaik, criadores do jogo vencedor, foi a avó deles. Helena D’Andrea Abrahão, de 86 anos de idade, é como uma “investidora-anjo” do negócio. É ela quem oferece o espaço para a empresa, e ainda banca luz, telefone e internet para os netos.
Persis e Ricardo levaram três anos pra criar o jogo “Aritana”, a história de um índio que tenta pegar a pena de uma Harpia e chegar até o alto de uma montanha. O jogo se passa num mundo colorido e tem oito horas de desafios, que se complicam a cada etapa.
Foto: Divulgação.
Na vida real, Ricardo e Persis também enfrentam desafios. No ano passado, eles colocaram o game na internet. Seis mil cópias foram vendidas – e 34 mil pirateadas.
Por causa dos downloads ilegais, os empresários ainda não recuperaram o investimento inicial de R$ 80 mil. Mas, agora, os empresários apostam que vão passar de fase e ter sucesso, pois uma empresa da área vai levar o game para jogadores de todo o mundo.
Confira o vídeo do game: