Experiência de Marca

Bairros da periferia entram no circuito de eventos e promoções

Heliópolis, Paraisópolis e outros bairros da periferia de São Paulo estão entrando para o circuito dos eventos corporativos da cidade. Em casas de forró e pagode, já é possível encontrar promotores de marca distribuindo amostras de 51 Ice, bebida à base de cachaça da Companhia Müller de Bebidas. Para dar conta dessa demanda empresarial, André Torretta, da consultoria "A Ponte Estratégia", especializada em pesquisas com as classes C, D e E, lança neste mês, uma agência de promoção e eventos corporativos, a "A Ponte Ativação".

Heliópolis, Paraisópolis e outros bairros da periferia de São Paulo estão entrando para o circuito dos eventos corporativos da cidade. Em casas de forró e pagode, já é possível encontrar promotores de marca distribuindo amostras de 51 Ice, bebida à base de cachaça da Companhia Müller de Bebidas. Para dar conta dessa demanda empresarial, André Torretta, da consultoria “A Ponte Estratégia”, especializada em pesquisas com as classes C, D e E, lança neste mês, uma agência de promoção e eventos corporativos, a “A Ponte Ativação“.

Copa da Paz é um bom exemplo dos eventos realizados na periferia que agregam valor às marcas.

Com um investimento inicial de R$ 1 milhão, ele espera faturar R$ 5 milhões no primeiro ano, dentro de uma perspectiva que ele chama de conservadora. Em três anos, a expectativa é faturar R$ 15 milhões. A nova agência nasce da experiência da A Ponte nos últimos dois anos, quando Torretta e sua equipe passaram a ser chamados a organizar eventos para clientes da consultoria, como a Companhia Müller.

Outro evento, que está entrando para o calendário da periferia, é a Copa da Paz, campeonato de várzea que reúne 24 times de diferentes bairros no campo do Palmeirinha, em Paraisópolis. O campeonato vai para a quarta edição neste ano, com patrocínio do Conhaque Dreher desde o segundo ano. “No ano passado, a Copa da Paz levou 50 mil pessoas para as arquibancadas do Palmeirinha ao longo dos três meses”, diz Torretta. Como comparação, o Pacaembu comporta 40 mil pessoas.

Puro Marketing

Esses patrocínios, explica Torretta, são ações de marketing puro. “A tese é capitalista total. Claro que você acaba gerando benefícios para a comunidade, mas o objetivo é vender mais produtos.” No caso da Copa da Paz, a ação envolveu a reforma do Palmeirinha, o “Morumbi da comunidade”. Com o sucesso da ação no campo de várzea paulistano, Dreher e Casas Bahia se uniram no ano passado para patrocinar um campeonato similar em Salvador. O mercado de marketing promocional movimentou R$ 33,5 bilhões em 2010, segundo estimativa da Ampro (Associação de Marketing Promocional).

Fonte: Mariana Barbosa/Folha de S.Paulo.