Experiência de Marca

As classes emergentes e as novas mídias

O consumo somente da classe C chegou a R$ 1 tri em 2012. Esse novo público descobriu os mercados de higiene, eletrodomésticos, beleza e tende a abrir novos segmentos. Até 2015, esse número deve crescer 50% e atingir os R$ 1,5 tri.

Por Fábio Rodrigues*

Com um aumento  significativo nos últimos anos, as classes emergentes influenciadas pela  economia, a abertura de crédito e todas as facilidades de negociação de compra de produtos, têm movido o mercado brasileiro de maneira  surpreendente.

As empresas, e, até mesmo o governo, têm observado e analisado esse fenômeno e devem se preparar estrategicamente para avançar neste mercado e conversar com esse público.

As faixas C, D e E representam 85% da população brasileira, sendo a classe C a que mais cresce, com 105 milhões de pessoas atualmente. Para quem quer alcançar esse público, o ideal é preocupar-se com planejamentos de comunicação sólidos.

Essa é a melhor forma de atender o perfil deste consumidor emergente, que cresce a cada ano e necessita de uma adequação no planejamento estratégico de comunicação e marketing com competências cada vez mais customizadas.

Aquele que souber adaptar suas ações e ferramentas a essa classe, aumentará notoriamente o seu alcance e influenciará a classe emergente. Displays no ponto de venda, promoções na televisão, propagandas em rádio, redes sociais, sites etc. são as ações que costumam ser feitas para chegar até essa audiência.

O consumo somente da classe C chegou a R$ 1 tri em 2012. Esse novo público descobriu os mercados de higiene, eletrodomésticos, beleza e tende a abrir novos segmentos. Até 2015, esse número deve crescer 50% e atingir os R$ 1,5 tri.

Com  essa ebulição, surge a necessidade inegável de comunicação, tanto das marcas quanto dos governos, com essa população cada vez mais conectada e consciente das suas próprias necessidades, e, por isso, o diálogo deve ser intenso, transparente, e, principalmente, direto.

Reafirmar valores e  códigos culturais deve ser tema de preocupação para corporações e para o poder público.

Com informações detalhadas sobre o comportamento desse público, as  estratégias devem ser direcionadas a atingi-lo, e, as ditas novas mídias são a maneira mais rápida e eficaz de estabelecer essa conversa.

Antes, as campanhas eram feitas por meio de programas populares de televisão, rádio e transporte de massa. No novo panorama, em que o público passa a ter maior poder aquisitivo, são abertos novos canais de comunicação, alterando a rotina e alguns padrões de comportamento.

Vivemos uma época de convergência de mídias onde é preciso usar, assim como as   classes emergentes, ferramentas digitais para interação.

O celular pré-pago é um produto que está nas mãos desse público que ascende ao  consumo e à informação, por isso, o cupom de recarga tornou-se um canal  de publicidade direta que consegue abranger todas essas necessidades.

De acordo com dados da Teleco, o Brasil já possui 262 milhões de aparelhos celulares, o que corresponde a 1,3 aparelhos por pessoa. Cerca dos 42% dos consumidores brasileiros, entre 25 e 44 anos de idade, já fizeram alguma compra após receber uma mensagem promocional via celular.

No caso da classe emergente, 210  milhões de consumidores dos segmentos B, C e D usam celulares pré-pagos, que necessitam de recarga. Nada mais simples para atingi-los,  que usar a mídia via cupom de recarga.

Isso porque, máquinas de recarga estão presentes em supermercados, farmácias, bancas de jornal, mercearias, lojas de conveniência, postos de gasolina e em uma infinidade de pontos de venda que estão inseridos no dia a dia dessas classes emergentes.

Por meio da propaganda no cupom de recarga é possível fazer promoções imediatas ou  consolidação de marca, para um público segmentado que pode atingir até 44 milhões de pessoas mensalmente em mais de 165 mil pontos de venda em todo País, chegando a um alcance que nenhuma outra mídia chegou.

Temos então, a exigência de uma nova forma de comunicação com essa sociedade emergente que recém adquiriu acesso ao consumo e à informação e busca isso por meio das mais modernas ferramentas de comunicação.

Cabe às empresas e governantes planejar, e, assim, proporcionar novas formas de comunicação em massa que atendam  diretamente este público.

*Fabio Rodrigues é formado em Administração pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduado em Marketing and Services pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).