Experiência de Marca

Ampro sim, Ampro não

Não posso, é claro, ser leviano e criticar o trabalho de quem está lá, se esforçando por nossa categoria enquanto eu estou em casa, assistindo uma série de TV.

*Por Mentor Muniz Neto

Eu não trabalho para a Ampro, a Associação de Marketing Promocional. Meu sócio, Fernando Figueiredo, está lá, nos representando muito bem.

Não posso, é claro, ser leviano e criticar o trabalho de quem está lá, se esforçando por nossa categoria enquanto eu estou em casa, assistindo uma série de TV.
Mas gostaria de dar minha opinião sobre dois assuntos. E se o faço, é porque a própria Ampro está realizando uma pesquisa que engloba ambos os assuntos.
Vamos lá.

Sobre o fim da Ampro e a criação de um Sindicato.

Não concordo com o fim da Ampro.
Se tenho críticas à entidade, essas críticas estão centradas em sua pouca capacidade de agregar o mercado em prol de interesses comuns, sua pouca força política, sua tendência de priorizar setores pouco importantes do setor promocional.

A Ampro sempre foi o reflexo de suas lideranças e não dos interesses do mercado como um todo, como alias, acontece na maioria das entidades de classe.
Eu, infelizmente, não nasci com esse chip para ser político. Então não tenho o talento necessário para mudar o status quo. Mas daí a acabar com a entidade para criar um sindicato, não posso concordar.

Acabar com a Ampro para criar um sindicato, em minha opinião é um equívoco porque:

1. Um sindicato deve atender e proteger os interesses dos profissionais da área e uma entidade de classe como uma associação de empresas, deveria defender os interesses do setor. Essas duas instituições não são excludentes. Ambas devem existir.

2. Estaríamos creditando à entidade a incompetência em conseguir os resultados esperados. E a entidade, nada mais é do que suas lideranças. Se somos incompetentes na Ampro, provavelmente seremos também no Sindicato.

3. Se não conseguimos nos impor como categoria com a Ampro, imagine então, sem ela.

Mudança da categoria de Marketing Promocional para Live Marketing.

Desculpem, mas não vou me estender neste assunto.
O mundo fala em Promo.
Cannes tem o Promo Lions.
A imprensa fase refere a Marketing Promocional.
Os clientes se referem a Marketing Promocional.
Os fornecedores falam de Marketing Promocional.
O que é Live Marketing?
Aliás, boa parte das ações de Marketing Promocional, nem Live são.
Já não temos problemas demais sem solução para nos dedicarmos a resolver problemas que não existem?

O que eu queria?

Uma entidade forte. Com lideranças comprometidas a solucionar os dois maiores problemas do setor:

1. Os pagamentos dos clientes que utilizam as empresas de Marketing Promocional como bancos de investimento.

2. A conquista da autorregulamentação promocional, para que nosso setor não seja escravo de legislações, encarecendo o produto final.

O resto é o resto.

Enfim, apenas minha opinião.

Fonte: NCPM.

*Mentor Muniz Neto é diretor de criação da Bullet.