Experiência de Marca

Agências se adequam às novas gerações para um convívio harmônico

Novatos costumam dialogar mais e gostam de saber o que acontecem na empresa.

Os setores de live marketing e recursos humanos não possuem funções em comum, pode-se dizer que são independentes, já que operam de formas distintas, mas cada vez mais, os departamentos se alinham trocando aprendizados e ensinamentos. 

Mauro-Rezende, diretor-administrativo e financeiro da Netza.

As empresas enfrentam grandes mudanças e muitas delas devido às gerações Y (1980-2000) e Z (1990-2010) que aprenderam a questionar, opinar e até consertar o que acham errado, além de claro, se adaptarem com as mudanças, como as novas tecnologias. 

Algumas gerações não aprenderam a se adaptar às novas demandas, já a Geração Z, por exemplo, nasceu junto com a tecnologia e ajuda os mais experientes que ainda não aprenderam a lidar com essa evolução rápida. 

De acordo com Mauro Rezende, diretor-administrativo e financeiro da Netza, “Alguns profissionais não se adaptaram, por ainda serem analógicos, isso não quer dizer que são ruins, apenas não conseguiram se adaptar com o tempo.” 

A tecnologia também é uma aliada para qualificar os processos e facilitar o trabalho nos setores. Segundo Rosana Carvalho, sócia e CFO da Integer\Outpromo, as tecnologias trazem indicadores que melhoram a performance. Além disso, as ferramentas ajudam a humanizar o setor. 

A Integer\Outpromo usa os softwares para a contratação, principalmente em eventos. Por meio de aplicativo, o RH usa a inteligência promocional e estratégia com os outros setores para buscarem novos colaboradores temporários. 

Devido às grandes mudanças, as companhias necessitam que os setores caminhem lado a lado para não perderem os colaboradores. 

Atualmente, os contratados de novas gerações não pensam mais em estabilidade, crescimento na empresa ou serem CEOs, eles buscam desafios e novas vivências. 

Mauro comenta que: “É uma geração que vêm acostumada com a cultura do compartilhamento, elas se preocupam menos em ter posse. Então, quando você parte para isso, a remuneração vai perdendo a maneira de reter os talentos, a forma hoje de reter as pessoas boas é trazer os melhores profissionais.” 

Ricardo Franken, sócio e managing director e Rosana Carvalho, sócia e CFO, da Integer\Outpromo.

Para Ricardo Franken, sócio e managing director da Integer\Outpromo,“Temos que tratar bem todas as gerações, o que muda é o tipo de ambição que cada uma tem, e, independentemente da ambição, as pessoas querem acordar de manhã e ter o dia mais agradável possível.” 

Esse tratamento diferenciado também é devido à pressão que muitas agências sofrem devido às altas demandas de eventos e ativações de marcas. Muitas vezes é preciso abraçar o colaborador para que não se perca com a forte cobrança. 

Ricardo também comenta que: “Se o ambiente não possui pressão de dentro para fora conseguimos ajudar. Damos uma retaguarda para ajudá-lo a respirar, assim a pessoa consegue lidar melhor com a situação.” 

Já, segundo o diretor de ADM da Netza, empresa vencedora do Prêmio GPTW, o ótimo ambiente precisa ser passado de geração para geração. Sem essa mudança de bastão, a agência não seria um bom local para se trabalhar. 

“No nosso segmento, nós aprendemos a conviver com a pressão, já que em muitos momentos existe uma tensão, não só por conta de clientes ou ambientes internos, mas também na forma de como a pessoa lida com essa pressão. E é por isso que, em muitos casos, as empresas possuem a consciência de que todos procuram o benefício para o bem maior do local e do trabalho.”, completa Mauro.

Em algum momento se chegará ao consenso para que a discussão se acabe e o colaborador, junto ao gestor, consigam encerrar o assunto para o bem maior, que é a companhia.